6.1 ÁREA: LINGUAGENS
Dentro
da proposta para os anos finais do ensino fundamental, apresentamos, aqui, uma
visão da área de linguagens e de seus componentes curriculares. No campo das
linguagens, podemos delimitar a linguagem verbal e a não verbal, sem
esquecermos, é claro, de seus cruzamentos: verbo-visuais, audiovisuais, entre
tantos outros – todas elas constituintes de sistemas arbitrários de sentido e comunicação.
Sabemos
que a principal razão de qualquer ato de linguagem é a produção de sentidos.
Assim, mais do que nunca, no mundo contemporâneo, a reflexão sobre as linguagens
(seus sistemas, processos e procedimentos comunicativos) é garantia de participação ativa
na vida social, ou seja, da
cidadania desejada; mesmo porque tais linguagens interagem e estão presentes em
todos os outros conhecimentos trabalhados pela escola.
Conforme
a Resolução CNE/CEB/MEC nº 7, de 2010, os componentes curriculares que integram a área de linguagens dos anos finais
do ensino fundamental são: Língua Portuguesa, Educação Física, Arte e
Língua Estrangeira Moderna (que, nesta proposta, é apresentada como componente
curricular da parte diversificada).
A
linguagem verbal, representada pela língua materna, por exemplo, desempenha o
papel de viabilizar a compreensão e a participação autônoma do jovem em
incontáveis discursos utilizados nas mais diversificadas esferas da vida social.
No que tange à Língua Estrangeira, qualifica a ampliação das possibilidades de
visão de mundo e de diferentes culturas, permitindo o acesso a aspectos
globalizantes das relações humanas.
A
linguagem não verbal em seu componente curricular Arte compreende: as
artes visuais, o teatro, a dança e a
música. O componente curricular Educação Física organizará sistematicamente os
conteúdos estruturantes da cultura corporal (os jogos, os esportes, as danças, as lutas, a ginástica, a capoeira entre outros) conhecidos e reconhecidos socialmente de forma a elevar o padrão
cultural dos estudantes no que diz respeito a sua práxis em diferentes âmbitos
da vida escolar e extraescolar.
Logo,
todos os componentes curriculares desta área de conhecimento possibilitam a
articulação interdisciplinar de seus conteúdos, partindo de temas geradores
abrangentes e contemporâneos que afetam a vida humana em escala global,
regional e local, bem como na esfera
individual. Aqui, a transversalidade constitui uma das maneiras de trabalhar os
grandes temas desta área em uma perspectiva integrada e integrante, favorecendo
sua contextualização e aproximando o processo educativo das experiências dos estudantes.
Para finalizar,
acreditamos que, na Área de Linguagens, fica fortalecida a importância do trabalho empenhado coletivamente na
promoção de uma cultura escolar acolhedora
e respeitosa, que reconheça e valorize as experiências dos estudantes,
atendendo às suas diferenças e necessidades específicas, de modo a contribuir
para efetivar a inclusão escolar e o direito de todos à educação.
6.1.1 Língua Portuguesa
“A palavra é o meu domínio sobre o mundo.”
Clarice Lispector
Apresenta-se uma proposta curricular para o ensino de língua
materna, baseada nos seguintes documentos: os PCN de Língua
Portuguesa – terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental; as Orientações
para o Planejamento Pedagógico, elaborado pela Secretaria de
Educação da Bahia; e os documentos
norteadores para o desenvolvimento do
Pacto pela Educação. Partindo desses documentos, traçaram-se competências e habilidades que possibilitarão ao aprendiz ter contato com os aspectos
textuais e linguísticos, por meio da
leitura, escuta e produção textual,
tanto na modalidade oral quanto na modalidade
escrita da língua portuguesa.
Pensa-se que é favorecendo o contato com os gêneros
textuais, em diferentes situações
de comunicação, que será construída a sua apropriação, a partir dos quais,
consequentemente, será aberto o
diálogo interdisciplinar entre alguns
gêneros, bem como entre aspectos linguísticos da língua portuguesa.
Como se
sabe, tais aspectos devem ocorrer associados à condição
do sujeito aprendente, usuário de sua língua
materna como
falante/ouvinte/leitor/escritor, proporcionando-lhe
uma reflexão sobre a real utilização da língua,
seja nos textos escritos ou orais, em quaisquer
situações sociointerativas. Desta
forma, intenta-se favorecer uma crescente abordagem de tratamento dos gêneros, oportunizando
ao aprendente perceber que o texto é uma necessidade social e
que os seus saberes – linguísticos,
textuais e extralinguísticos –
têm o
objetivo de ampliar o seu letramento, potencializando a sua efetiva participação na
sociedade em que vive.
Esta proposta está dividida em dois eixos: Eixo 1 – Uso da Língua Oral e Escrita; e Eixo 2 – Reflexão sobre Língua e Linguagem – os quais devem sempre ser vistos/percebidos/ trabalhados de forma relacional,
levando-se em consideração
que o
estudo
do texto oral e escrito, na escuta, leitura e respectivas produções, estará sempre condicionado
à sua prática como texto e às práticas linguísticas,
as quais só existem se realizadas
pelos falantes, em situações reais de comunicação e por meio de textos. Neste sentido, devem-se
considerar, como informações importantes, os elementos linguísticos e textuais
presentes nas manifestações comunicativas do estudante, partindo delas em
direção à ampliação do letramento e
articulando as possibilidades de aprendizagem em cada ano.
Assim, professor(a), convidamos
você a ler este material, pensando em uma melhor
forma de favorecer ao discente um efetivo aprendizado
de qualidade, não perdendo
de vista que esse aprendizado lhe é um direito, e que lhe permitirá
obter uma vivência digna na sociedade da qual faz parte.
Portanto,
contando com a sua compreensão da necessidade de se fazer um ensino de melhor
qualidade, vamos investir na leitura e aplicação
deste material, que busca lhe
oferecer uma visão das habilidades
e competências a serem trabalhadas,
paulatinamente, nos anos finais do ensino fundamental. Pode entrar!
Fique à vontade para criar, a partir das
orientações a seguir.
Eixo 1 - Conhecimento Linguístico: Uso da Língua
Oral e Escrita
Possibilidades Metodológicas do Eixo 1 Conhecimento Linguístico: Uso da Língua
Oral e Escrita
A condução
das aulas de leitura/escuta/produção textual
deve levar em consideração que
o aprendente necessita
desenvolver uma autonomia
comunicativa. Para isso, é imprescindível que as práticas
textuais sejam planejadas no sentido de dar ao estudante a palavra, da mesma forma que o escritor a possui, fazendo com que esse
estudante se sinta incentivado a apresentar suas ideias, “(...) como um autônomo cidadão que vive em coletividade, cuja expressão individual é esperada, por isso deve ser valorizada. (...)” (PRUDENCIO, 2009, p. 332). Na seleção de gêneros a serem trabalhados, o(a) professor(a) deve considerar os seguintes fatores: as possibilidades de aprendizagem, as
necessidades dos estudantes, o grau de complexidade do objeto
e o grau de exigência das tarefas; priorizando aqueles cujo domínio
é fundamental à efetiva
participação social e transitando entre os classificados como literários, científicos, imagéticos, jornalísticos, entre outros,
inclusive os de caráter tecnológico, a diversidade de gêneros que circulam na sociedade. Durante tal seleção, a quantidade
não deve sobrepujar a qualidade dos textos, para que funcionem, de fato, como modelos para os aprendentes, que deverão,
a partir deles e com orientação do(a) professor(a), articular a
prática linguística às práticas
textuais e vice-versa.
Algumas práticas devem ser realizadas
como a retextualização e a reescrita de textos. Na primeira, deve-se
desenvolver a elaboração de um texto de um gênero, partindo de outro texto de
gênero e modalidade diferentes. Por
exemplo, elaborar um apontamento, a partir de uma aula ou de uma
palestra, elaborar um júri simulado a partir de um romance. Para a segunda, deve-se ter a consciência de que o texto é construído em etapas e que a sua reescrita ou refacção é inerente
à elaboração. Para isso,
deve ser desenvolvida a autocrítica no discente,
por meio de exercícios de autoavaliação, entendendo que o fazer e o refazer do texto são
etapas rotineiras do processo de elaboração. Afinal, ler, escutar,
escrever e falar são as formas reais que o indivíduo possui
para apresentar, em o seu discurso,
a sua história, a qual o individualiza neste mundo de diversidade.
Eixo 2 - Conhecimento Linguístico: Reflexão sobre
Língua e Linguagem
Possibilidades Metodológicas do Eixo 2 Conhecimento Linguístico: Reflexão sobre
Língua e Linguagem
Em suas práticas cotidianas, dentro da sala de aula e fora dela, as relações que o(a)
professor(a) estabelece com a linguagem contribuem para a formatação da relação
de seu estudante com a linguagem. Então, a proposta de reflexão sobre língua e
linguagem deve partir dos próprios contextos sociointeracionais e discursivos
do(a) professor(a) e do estudante em direção a uma autonomia crítica em suas
novas e diversificadas experiências de letramento diárias.
Com esta perspectiva, sugerimos: a elaboração de
atividades sobre aspectos discursivos e linguísticos do gênero selecionado; a
programação dos conteúdos, partindo
das possibilidades de
aprendizagem presentes no
gênero escolhido; o planejamento de atividades que despertem
para o autoexercício
da revisão das estruturas linguísticas inadequadas; a
prática de construção de situações sociointerativas nos mais diversificados
meios culturais e linguísticos, considerando, inclusive, as novas tecnologias;
a necessidade de estabelecer relações entre os conteúdos, vivenciando uma
postura reflexiva e dinâmica sobre a língua.
Por fim, ressaltamos que o trabalho com a gramática deve
realizar-se, tal como esta proposta anuncia: de forma reflexiva e
contextualizada, portanto relacionado a
um “saber fazer”, concretizado nas
diversas possibilidades de produções textuais orais ou escritas.
6.1.2
Língua Estrangeira Moderna: Inglês/Espanhol
Esta
proposta curricular de ensino de Línguas Estrangeiras Modernas (Inglês e
Espanhol) para turmas de 6º a 9º ano foi elaborada
de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN). Nessaperspectiva, buscam-seexperiênciaspedagógicasfundamentadasnaconstrução
de conhecimentos por meio do diálogo
entre conteúdos relativos
ao desenvolvimento das habilidades
linguísticas e saberes de outras áreas. Para tornar a aprendizagem mais significativa,
esta proposta educativa pauta-se em gêneros textuais, aqui identificados como o
espelho das práticas sociais.
Com o
objetivo de enfocar as quatro habilidades da competência comunicativa – falar, ouvir, ler e escrever – as
competências e habilidades em destaque neste documento objetivam a aquisição da língua estrangeira através de conteúdos que possam ser mobilizados
em situações que exijam os conhecimentos sistêmicos, de mundo e de
organização textual, demonstrando
a sua construção nas dimensões social, política e cultural. Assim,
estabelecem-se dois eixos temáticos, que apresentam as competências e as
habilidades a serem desenvolvidas, além das possibilidades metodológicas de
trabalho em sala de aula.
O
primeiro eixo, Dimensões do Conhecimento Linguístico: a oralidade e a
escrita, apresenta competências que envolvem os vários níveis de
organização linguística relacionados ao conhecimento sistêmico: conhecimentos
léxico-semânticos, morfológicos, sintáticos e fonético-fonológicos, priorizando
os pontos de convergência entre a língua materna e a língua estrangeira
estudada. Considerando a natureza sociointeracional da linguagem, pretende-se
facilitar ao aprendiz situar-se no mundo em que vive e desenvolver a
consciência linguística e cultural no contato com a língua-alvo.
No
segundo eixo, Dimensão Social e Interativa do Conhecimento: a leitura e a
inclusão digital, destaca-se a organização textual e a construção do significado,
valorizando o conhecimento de mundo do aprendiz e o papel interdisciplinar que
a aprendizagem de língua estrangeira pode desempenhar no currículo. A aplicação
de estratégias de leitura, através de diversos gêneros textuais escritos, e o
uso de tecnologias aplicadas ao ensino de língua estrangeira ressalta as
dimensões do conhecimento intertextual e a diversificação de leituras que essas
ferramentas podem proporcionar.
Nessa proposta, denomina-se como componente curricular a Língua
Estrangeira Moderna, pois, no
ensino fundamental do 6º ao 9º ano, qualquer que seja a língua estrangeira
selecionada, esta deverá ser utilizada como um recurso para o desenvolvimento
integral do indivíduo, devendo proporcionar ao estudante a compreensão da
natureza da linguagem, a apreciação de
costumes e valores de outras culturas e favorecer o respeito e a aceitação das
diferenças. Assim, conforme evidenciado nos Parâmetros Curriculares Nacionais
(1998, p.38), “a aprendizagem de Língua Estrangeira no ensino fundamental não é
só um exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas
em um código diferente; é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as
possibilidades de se agir discursivamente no mundo”. Entende-se, então, que
tais aspectos devem ser enfatizados, independentemente da língua-alvo.
Espera-se
que essa proposta curricular venha integrar os saberes propostos para este milênio–
aprenderaser, afazer,
aconhecereaconviver– apartirdeprojetosmultidisciplinares
que possibilitem ao(à) estudante desenvolver-se em suas múltiplas
inteligências. Dessa forma, a educação cumpre o seu papel proporcionando o
ambiente favorável para o desenvolvimento do conhecimento do aprendiz no meio em que vive,
construindo estratégias para
transformá-lo por meio do aprendizado das línguas estrangeiras.
Inglês
Eixo 1 - Dimensões
do Conhecimento Linguístico: a Oralidade e a Escrita
Possibilidades Metodológicas do Eixo 1
Dimensões do Conhecimento Linguístico: a Oralidade e a Escrita
Ao
trabalhar com uma língua estrangeira, é inevitável a abordagem da cultura e das
representações da língua-alvo. Assim sendo, no eixo Dimensões do conhecimento linguístico: a oralidade e a escrita, o
professor poderá promover, de modo coletivo e partilhado, valorizando o
conhecimento trazido pelo estudante, a reflexão sobre questões relativas à diversidade
linguística e manifestações culturais das línguas estrangeiras. Em grupos, os
estudantes podem ser orientados a identificar ilustrações de trajes, danças e
pratos tipicos, relacionando-os aos países que utilizam a língua-alvo. Também
podem ser apresentados pequenos vídeos sobre datas comemorativas importantes em
cada país (Halloween, nos Estados Unidos; Dia da Vitória, na Inglaterra, por
exemplo), sempre comparando com as demonstrações culturais em nossa região,
como o Carnaval.
Os estudantes podem ser estimulados a fazerem uma pequena apresentação dos aspectos culturais
mais significativos de cada país ou ilustrarem os empréstimos linguísticos da
língua alvo. Ademais, esse trabalho poderá ter como base, variados
gêneros textuais, como mapas, jornais, revistas, receitas culinárias, guias e
roteiros turísticos, anúncios de shows, programações de televisão, propagandas,
cartoons, entrevistas, músicas, a fim de trabalhar vocabulário, identificação das
variações linguísticas e estruturas sintáticas, além de filmes, como por
exemplo, Dirty Dancing 2, os quais possibilitam trabalhar as questões
culturais, políticas, geográficas e históricas ao longo do filme. Tais ações permitem a construção de
conhecimentos na língua estrangeira e o desenvolvimento de habilidades que
despertem a consciência crítica e reflexiva
sobre a sua visão de mundo e a do outro. Os aspectos morfológicos, sintáticos,
léxicos e semânticos da língua podem ser utilizados como subsídios para uma
maior compreensão e produção de textos orais e escritos, a partir de diálogos
simples relacionados com a vida do dia a dia.
Eixo 2 - Dimensão
Social e Interativa do Conhecimento: a Leitura e a Inclusão
Digital
Possibilidades Metodológicas do Eixo 2
Dimensão Social
e Interativa do Conhecimento: a Leitura e a Inclusão
Digital
No eixo
Dimensão Social e Interativa do Conhecimento: a leitura e a inclusão
digital objetiva- se o
desenvolvimento de estratégias que permitam a compreensão da informação contida
nos diversos gêneros que sejam trabalhados em sala de aula. Sugere-se como
estratégia metodológica utilizar atividades de análise e (re)construção dos sentidos de diferentes gêneros textuais. A primeira requer que
o leitor analise as possibilidades que o texto oferece para sua compreensão; a
segunda que o leitor (re)construa e transforme, de alguma maneira, a informação do texto,
podendo até (re)construir um texto de um dos gêneros que o professor achar que o estudante
é capaz, com base no que tiver trabalhado na sala de aula. Por exemplo,
provocar o estudante, conversando sobre o assunto do texto para que demonstre
o seu conhecimento prévio; introduzir o texto a partir dos recursos não lineares para que o mesmo
faça predições; sublinhar as palavras-chave e cognatas; confirmar as suas
predições ou não; localizar e categorizar a informação do texto; identificar, reconhecer ou sublinhar partes
do texto que representam significados ou informações a serem pesquisados no texto; classificar partes do texto que
representam determinadas categorias e classificar partes do texto com
rótulos fornecidos pelo professor; explorar o vocabulário
e a estrutura gramatical; refletir e/ ou relacionar o assunto do texto com a sua
realidade e a de outros. Importante mencionar que o professor deve selecionar
textos que despertem no estudante o interesse pela leitura em variados gêneros
textuais (como tirinhas, charges, blogs, anúncios, contos, histórias) adequados a sua faixa etária
e ao seu nível de conhecimento.
As
possibilidades de aprendizagem permeiam a leitura em bibliotecas virtuais,
leitura e escuta de música, acesso a imagens de todos os tipos, linguagens
digitais, obtenção de informações em comunidades virtuais, compra, pesquisa,
leitura por meio de recursos autênticos sobre a cultura alvo, confrontando-a
com a cultura materna. Não deixando de mencionar a possibilidade de interação
com falantes nativos a distância, atendendo suas necessidades de aprendizagem no ciberespaço.
Espanhol
Eixo 1 - Dimensões do conhecimento linguístico: a Oralidade e a Escrita
Possibilidades Metodológicas do Eixo 1
Dimensões do Conhecimento Linguístico: a Oralidade e a Escrita
No eixo
Dimensões do Conhecimento Linguístico: a oralidade e a escrita, o professor poderá promover, de modo coletivo
e partilhado, valorizando o conhecimento trazido
pelo estudante, a reflexão sobre questões relativas à
diversidade linguística e manifestações culturais das línguas estrangeiras ao apresentar, por exemplo, canções que apresentem características dialetais
diferentes. Dessa forma, o estudante vai perceber que a língua espanhola não é
uma entidade monolítica e uniforme, mas que há uma variedade linguística em
vários níveis (fonético, morfológico, sintático
e lexical) e que todas as variantes
são aceitas e válidas como veículo de comunicação. Sendo assim,
sugerimos o gênero canções para trabalhar variantes de alguns países, pois além de possibilitarem um trabalho integrado
com as duas habilidades
contempladas neste eixo, constituem fonte inesgotável de informações sobre
variedade linguística e cultural.
Uma possibilidade seria o trabalho
com uma das canções abaixo:
•
Somos Invencibles - Rock Bones/Argentina
•
A Dios le pido - Juanes/Colombia
•
Siempre me quedará - Bebe/España/Andalucía
É possível também
explorar por meio desse gênero aspectos interdisciplinares: político, cultural e geográfico.
O professor pode fornecer ou solicitar que os estudantes pesquisem sobre o
intérprete, país de origem, contexto histórico e sobre o tema explorado na canção. Outra possibilidade seria a utilização de outros gêneros
textuais como filmes que possibilitem
ao estudante a construção de conhecimentos na língua estrangeira e o desenvolvimento de habilidades que despertem a
consciência crítica e reflexiva sobre a sua
visão de mundo e a do outro.
Os
aspectos morfológicos, sintáticos, léxicos e semânticos da língua podem ser
utilizados como subsídios para uma maior compreensão e produção dos textos
orais e escritos.
Eixo 2
- Dimenção Social
e Interativa do Conhecimento:
a Leitura e a Inclusão
Digital
Possibilidades Metodológicas do Eixo 2
Dimensão Social Interativa do Conhecimento: a Leitura e a Inclusão
Digital
Neste
eixo objetiva-se o desenvolvimento de estratégias que permitam que o estudante
possa compreender a informação contida nos diversos gêneros apresentados pelo professor.
Sugere-se, como estratégia metodológica, utilizar atividades de análise
e (re) construção dos sentidos de diferentes gêneros
textuais. A primeira requer que o leitor analise
as possibilidades que o
texto oferece para sua compreensão; a segunda que o leitor transforme, de
alguma maneira, a informação no texto. Por
exemplo, solicitar ao estudante que complete o texto reconstruindo significado;
localizar e categorizar a informação do texto; apagar palavras e frases do texto para serem completadas pelo estudante; localizar ou sublinhar partes
do texto que representam significados ou informações a serem pesquisados no texto; classificar partes do texto que representam determinadas categorias e
classificar partes do texto com rótulos fornecidos pelo professor.
Importante mencionar que o professor deve selecionar gêneros
que despertem no estudante o interesse pela leitura (tirinhas, charges,
blogs, anúncios, letras de canções, contos etc.)
As
possibilidades de aprendizagem permeiam a leitura em bibliotecas virtuais,
leitura e escuta de música,
acesso a imagens
de todos os tipos, linguagens digitais, obter informações em comunidades virtuais,
compra, pesquisa, leitura por meio de recursos autênticos sobre a cultura alvo,
confrontando-a com a cultura materna,
não deixando de mencionar a possibilidade
de interação com falantes nativos
a distância, atendendo suas necessidades de aprendizagem
no ciberespaço.
6.1.3 Arte
Apresentesíntesedepropostacurriculardeensinode Arte(artesvisuais, dança, músicaeteatro) para o 6º ao 9º ano também
foi elaborada de acordo
com os PCNs, respeitando as características e a
realidade educacional local.
A Arte faz-se
presente em toda a história da
humanidade, revelando-a de forma
singular, a partir da
produção do artista,
independentemente de fazer
parte de um ensino formal ou
informal. De acordo com Ferraz e Fusari
(1999, p. 16), “a arte se constitui de modos específicos de manifestação da atividade criativa dos seres humanos ao interagirem com o mundo em que vivem,
ao se conhecerem e ao conhecê-lo”.
A educação em Arte, por sua vez, favorece o desenvolvimento do pensamento artístico
e da percepção estética, bem como a construção
de uma poética pessoal que contribui
com o desenvolvimento da criatividade do ser humano, independentemente de sua faixa etária.
A área de
conhecimento ARTE é ampla
e articula, para fins
de estudo, quatro linguagens específicas: artes visuais, dança, música e teatro que, entrelaçadas, constituem-se a multiplicidade de expressões inerente ao ensino
de Artes na escola, constituindo-se
objeto de estudo desta
área toda forma de expressão que, em um dado espaço
e tempo, utilize
as diversas linguagens artísticas
para manifestar-se.
Dessa forma, como conceitos-chave para o trabalho pedagógico com Arte, definimos: cultura, pensamento
estético, reflexão, arte como produção cultural, capacidade criadora e autoexpressão. Desenvolver um trabalho de qualidade com Arte implica, pois, a necessidade de um(a) professor(a)
especialista e condições mínimas de infraestrutura
para que o seu ensino seja significativo.
A escola precisa
abrir espaços para atividades
artísticas em outros momentos
curriculares, orientadas por professores e profissionais especialistas, dentro de suas possibilidades. Nesta proposta, estes são
os princípios constituintes: compreensão da Arte e de suas
formas de expressão como produção
social, histórica e cultural; diálogo
com a diversidade de culturas, etnias, religiões, saberes informais
e, também, com toda a inserção de artefatos de consumo e produções midiáticas que atravessam
as subjetividades contemporâneas;
respeito à diversidade e especificidade das linguagens artísticas; inserção do ensino da arte no cotidiano escolar com vistas
ao desenvolvimento integral dos jovens.
O percurso curricular que ora se apresenta
organiza-se a partir de
três eixos: produzir, contextualizar e apreciar.
O eixo da produção
é concretizado a partir do “fazer artístico” que implica
a expressão, construção e representação, permitindo que o(a)
estudante mergulhe, exercite e explore diversas formas de expressão, construindo seu percurso de
criação artística.
Acontextualização, quesearticulaàreflexão, éexercitadapormeiododiálogocomainformação artística, relacionando-se à pesquisa. Este eixo
abrange a própria atuação do(a) estudante
e a sua vivência cultural e permite a compreensão
do próprio trabalho artístico, dos colegas e da arte como produto social e
histórico. Por sua vez, a apreciação, que, na linguagem dos PCN (1998), traduz-se como fruição, significa o
exercício da leitura, da apreciação com criticidade, referindo-se à recepção, percepção, decodificação, interpretação, fruição da arte e
do universo a ela relacionado. No documento ora apresentado, a construção de conhecimentos que fazem parte da vida humana motivou a estruturação das competências e habilidades próprias à área e suas diversas linguagens. Distribuir os conteúdos e
competências a partir de unidades
conceituais, ultrapassando a ideia de seriação,
permite ao(à) professor(a) iniciar o entendimento da arte a partir de qualquer
um dos eixos.
A política
de avaliação nesta proposta curricular
de Arte é de natureza
formativa, objetivando a consolidação de uma rede de
saberes durante todo
o processo pedagógico e abrangendo as diversas áreas (fatos,
conceitos, procedimentos e atitudes), de modo integrado.
Eixo 1 - Conhecimento Artístico: Contextualização e Reflexão
Possibilidades
Metodológicas do Eixo 1 Conhecimento Artístico: Contextualização e Reflexão
No
âmbito da contextualização e reflexão, tendo
em vista as competências estabelecidas
para cada linguagem, propomos
como possibilidades metodológicas a construção de portfólio.
Nesta proposição, há que se empreender em selecionar,
organizar, relacionar, interpretar dados e
informações representadas de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar
situações-problema.
Também há que se considerar que as linguagens, quer sejam artísticas ou não, constituem- se em sistemas simbólicos para o recorte
e representação da realidade. Ainda como estratégia metodológica, sugerimos, além das aulas expositivas dialogadas, visitas ao teatro e ao museu
e demais espaços coletivos/culturalmente consolidados, a fim de ampliar o
universo cultural dos estudantes.
Eixo 2 - Conhecimento Artístico: Produção
Possibilidades Metodológicas do Eixo 2 Conhecimento Artístico:
Produção
Sugerem-se as seguintes
possibilidades metodológicas no âmbito deste eixo: construção
de cenas e roteiros
que contenham enredo, história,
conflitos dramáticos, personagens, diálogo e ação. Além
disso, criação de movimentos corporais e vocais individuais, de acordo com escolhas
pessoais, respeitando e compreendendo
seus limites, possibilidades físicas, emocionais e intelectuais.
O exercício
de criação e análise de diferentes ações dramáticas, musicais,
de dança e artes visuais
favorece o conhecimento e exploração das capacidades do corpo e
da voz, bem como a construção de personagens e elementos inerentes à cena teatral de acordo com o roteiro ou texto.
O despertar para a percepção sonora e a sensibilidade estética pode ser concretizado por intermédio da pesquisa de
sons em diferentes fontes sonoras, seus
registros e utilizações. Pode-se promover ainda: a
comparação de músicas de culturas brasileiras
e estrangeiras, observando e analisando características (melódicas, rítmicas, instrumentais, vocais, harmônicas,
interpretativas etc.); a percepção auditiva dos encadeamentos harmônicos em
peças musicais; a experimentação de
possibilidades de sons corporais
e vocais, e sua organização no processo criativo; a criação de
objetos bi e tridimensionais, que permitem uma
experiência sensória sobre o objeto
no espaço (forma, volume,
cor, posição etc.); a articulação da produção no campo das Artes
Visuais com a produção
no campo das demais linguagens, que favorece a percepção da
integração existente entre as diversas linguagens artísticas.
Eixo 3 - Conhecimento Artístico: Apreciação/Fruição
Possibilidades
Metodológicas do Eixo 3 Conhecimento
Artístico: Apreciação/Fruição
A
apreciação/fruição caracteriza-se como o momento em que os estudantes mergulham
no mais
íntimo da produção, desenvolvendo uma postura contemplativa e aprofundada do
fenômeno em si. A audição ativa de músicas de diversas épocas, gêneros e
estilos desperta- os para o conhecimento e a apreciação das produções musicais
de diferentes grupos sociais e períodos históricos, o que permite a identificação,
o reconhecimento e a elaboração de melodias em diferentes tonalidades e amplia
o universo musical
do estudante.
A execução de ritmos tradicionais
diversos e criados pelo grupo, quando vinculados à apresentação de imagem
estática e/ou em movimento, por meio de vídeos, fotos, textos, revistas etc.,
para identificação de posicionamento e locomoção no espaço cênico, projeção da voz, cenário, figurino
e adereços favorecem pensar as linguagens de forma integrada.
E,
no processo de despertamento da apreciação/fruição, há que se incluir a visita a museus
e a exposições (presencias ou virtuais), além da audiência de peças teatrais,
espetáculos de música e dança. Com isto, acredita-se estimular a construção
de conhecimento sobre o trabalho artístico quer pessoal, ou de outros,
compreendendo-o como fruto historicizado da multiplicidade de culturas humanas.
6.1.4 Educação Física
A
Educação Física escolar constitui-se um componente curricular obrigatório da
educação básica, integrada à proposta pedagógica da escola (BRASIL, 2003). No ensino fundamental do 6º
ao 9º ano, tratará da cultura corporal, sistematicamente de forma a elevar o
padrão cultural dos estudantes no que diz respeito a este componente curricular
e sua prática em diferentes âmbitos da vida escolar e extraescolar.
O
conceito de cultura corporal começa a ser usado em meados da década de 1980, em
um contexto nacional de abertura política específica de crítica à esportivização
da Educação Física brasileira, sob forte influência de intercâmbios entre Brasil
e Alemanha (TAFFAREL; ESCOBAR, 1987; CASTELLANI
FILHO, 1988; SOARES, 1996; ALMEIDA, 1997). Desta forma, a
Educação Física é a “matéria
escolar que trata, pedagogicamente, temas da cultura
corporal, ou seja, os jogos, a ginástica, as lutas, as acrobacias, a
mímica, o esporte e outros” (SOARES et al, 1992, p. 18).
A
organização do trabalho pedagógico está formatado em 6 eixos que será
desenvolvido do 6º ao 9º ano, com temáticas trabalhadas sistematicamente e
consolidadas ao longo dos anos finais do ensino fundamental. Tem como objetivo avaliar sistematicamente
os saltos qualitativos nas competências, habilidades e valores dos estudantes
em relação à cultura corporal. Para tanto, são necessários conteúdos estruturantes desta, ou seja, conhecimentos
reconhecidos no campo da cultura corporal a serem rigorosamente tratados no
trabalho pedagógico socialmente útil realizado na escola e seu entorno.
Os
seis (6) eixos do trabalho pedagógico, abaixo relacionados, estão organizados
por ano, pois deverão ser trabalhados no ensino
fundamental, seguindo e ampliando o grau
de complexidade, em observância e consonância com a proposta pedagógica
da unidade escolar.
Eixo 1 - Jogo, Ludicidade e
Desenvolvimento Humano Eixo 2 - Ginástica, Saúde e Estética
Eixo 3 - Lutas, Histórias,
Autocontrole e Respeito ao Próximo Eixo 4 - Capoeira, História e Cultura
Eixo 5 - Esporte, Cultura e Cidadania
Eixo 6 - Dança, Expressão Corporal e Arte
A
avaliação deverá ser de natureza diagnóstica, processual e formativa, cuja
vivência seja marcada pela lógica da inclusão, do diálogo, da construção da
autonomia, da mediação, da participação, da construção da responsabilidade com
o coletivo, objetivando a consolidação de uma rede de saberes durante todo o
processo pedagógico e abrangendo as diversas áreas. Todos deverão demonstrar competências globais, habilidades,
conhecimentos e atitudes em relação aos eixos de trabalho propostos para o
ensino fundamental do 6º ao 9º ano, elevando o padrão cultural e esportivo dos
estudantes baianos.
Eixo 1 - Jogo, Ludicidade e Desenvolvimento Humano
Possibilidades
Metodológicas do Eixo 1 Jogo, Ludicidade e Desenvolvimento Humano
O jogo
é fundamental na esfera do
desenvolvimento psíquico, das motivações e das necessidades, tendo relação com a evolução
da conduta humana.
Num programa de jogos para as diversas séries, é importante
que seus conteúdos
sejam selecionados, considerando a memória lúdica da comunidade em que o estudante
vive e oferecendo-lhe, ainda, o
conhecimento dos jogos das diversas regiões brasileiras e de
outros países.
O conteúdo
desses jogos deve implicar:
•
o
desenvolvimento da capacidade de organizar os próprios jogos e decidir
suas regras, entendendo-as e aceitando-as como exigências do coletivo;
•
a organização técnico-tática e o julgamento
de valores na arbitragem dos mesmos;
•
a necessidade do treinamento e da
avaliação individual e do grupo para jogar bem
tanto técnica quanto
taticamente.
Eixo 2 - Ginástica, Saúde
e Estética
Possibilidades Metodológicas do Eixo 2 Ginástica, Saúde e Estética
Um dos significados da prática da ginástica está
relacionada à saúde não no seu sentido
restrito
referindo-se à doença, mas no seu complexo e
ampliado sentido de vida. As possibilidades metodológicas, no âmbito deste eixo, podem ser destacadas como: formas
técnicas de diversas ginásticas (arística ou olímpica, rítmica, desportiva,
aeróbica etc.); projetos individuais e coletivos de prática/exibições na escola
e na comunidade; programas de formas ginásticas, tecnicamente aprimoradas,
considerando os objetivos e interesses dos próprios estudantes; formação de grupos ginásticos que pratiquem e façam exibições dentro da escola e fora dela, envolvendo a comunidade.
Eixo 3 - Lutas,
Histórias, Autocontrole e Respeito ao Próximo
Possibilidades
Metodológicas do Eixo 3 Lutas, História, Autocontrole e Respeito ao Próximo
As lutas representam atividades historicamente formadas e
culturalmente desenvolvidas
de se
exercitar para fins de defesa pessoal, lúdicos e estéticos. Assim sugerem-se
formas de lutas que ampliem as
possibilidades de compreensão sobre a origem, as bases e fundamentos de
diferentes formas de lutas, como por exemplo: as lutas clássicas de cada região
do planeta – África, Ásia, Europa, Continente Americano; as técnicas e táticas
das diferentes modalidades de lutas como judô, karatê, e outras.
Eixo 4 - Capoeira, História
e Cultura
Possibilidades Metodológicas do Eixo 4 Capoeira, História e Cultura
A capoeira, uma das expressões mais significativas da cultura afro-brasileira, recebeu
recentemente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), o título de Patrimônio Cultural do Brasil, pelo
seu valor como símbolo de resistência de uma cultura
negada, durante séculos,
em nosso país. A mesma tem uma ligação muito íntima com todo o
processo civilizatório brasileiro, sobretudo no que diz respeito à construção de nossa identidade
cultural.
A prática
da capoeira possibilita ampliar as referências sobre suas origens, bases, fundamentos e finalidades como jogo, dança e
patrimônio imaterial da humanidade. Portanto, a inclusão da capoeira como prática educativa na rede pública de ensino é fruto
do processo de escolarização da mesma, cujo contexto histórico se
percebe desde o final da década
de setenta. Propomos uma
visão mais alargada sobre as possibilidades de sua prática pedagógica.
Isso contempla o trato com a capoeira de maneira contextualizada, não só pela
Educação Física, mas
também por outras áreas do conhecimento,
como a História, Sociologia, Geografia, Arte, Língua Portuguesa entre outras, numa perspectiva transversal e
interdisciplinar, ampliando, dessa forma, a visão do significado histórico-social dessa manifestação.
Ressaltamos, ainda, a vinculação da capoeira com os princípios e
eixos da proposta pedagógica
do Programa Todos pela Escola e as Diretrizes Curriculares
Nacionais para as Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História
e Cultura Afro-Brasileira e Africana, que consideram a cultura como a grande matriz do conhecimento,
assegurando o trato e o respeito à diversidade
étnico-racial e cultural, consoante a Lei nº. 11.645, de 10 de
março de 2008, alterando a “Lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003,
que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, para incluir
no currículo oficial da rede de ensino
a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
Eixo 5 - Esporte, Competição e Cidadania
Possibilidades Metodológicas do Eixo 5 Esporte, Competição e Cidadania
Deverão ser abordados e cultivados a ampliação
de
referências
sobre
o
esporte
contemporâneo e suas práticas
no âmbito educacional, de lazer, de treino
competitivo de alto rendimento e de espetáculo; esportes
tradicionais das comunidades de diferentes origens étnicas e territoriais,
esportes de quadra, de campo, individuais, coletivos, de espetáculos, e olímpico, paraolímpicos, popular, e outros. Por exemplo – futebol de campo, futsal, de praia; futevôlei,
voleibol, basquete, handebol, saltos em distância, altura e triplo, triatlon,
arremessos, lançamentos, disco, peso, dardo, pelotas, peteca,
baleado, etc.
Eixo 6 - Dança, Expressão
Corporal e Arte
Possibilidades Metodológicas do Eixo 6 Dança,
Expressão Corporal e Arte
A dança é uma expressão representativa de diversos aspectos
da vida do ser humano e
pode ser
considerada como linguagem social que permite a transmissão de sentimentos,
emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes,
hábitos, da saúde, da guerra etc.
Para o ensino da dança, sejam elas folclóricas, populares,
clássicas, de salão, de rua, criativas, livre, do ventre, regionais, nacionais, internacionais, há
que se considerar que o seu aspecto expressivo
se confronta, necessariamente, com a formalidade da técnica para sua execução, o que pode
vir, muitas vezes, a esvaziar
o aspecto verdadeiramente expressivo. Nesse sentido, deve-se entender que a dança como arte não é uma transposição da vida, senão sua representação
estilizada e simbólica. Mas, como arte, deve encontrar os seus fundamentos na própria
vida, concretizando-se numa expressão dela e não numa produção acrobática. Na dança, são determinantes as possibilidades
expressivas de cada estudante,
o que exige habilidades corporais que, necessariamente, se obtêm com o treinamento. Em certo sentido, esse é o aspecto mais complexo do ensino da dança na escola:
a decisão de ensinar gestos e movimentos técnicos, prejudicando a expressão espontânea, ou de imprimir, no estudante, um determinado
pensamento/sentido/intuitivo da dança
para favorecer o surgimento da
expressão espontânea, abandonando a formação técnica necessária à
expressão certa.
O recomendável é a escolha
de uma disponibilidade corporal, no sentido da apreensão de variadas habilidades de execução/expressão de diferentes tipos de danças,
inicialmente, sem ênfase nas
técnicas formais, para permitir a expressão desejada sem deturpar o verdadeiro
sentido nelas implícito. O desenvolvimento da técnica formal deve ocorrer
paralelo ao desenvolvimento do pensamento abstrato,
pois este permite a compreensão clara do significado da dança e da
exigência expressiva nela contida. Isso é válido se considerarmos que a técnica
não pode separar-se das motivações psicológicas, ideológicas, sociais do
executante, da simbologia que produz,
da utilização que faz das suas possibilidades corporais e da consciência que tem dos “outros”
a quem comunica.
É necessário, todavia, considerar que algumas
formas de dança utilizam
símbolos próprios das culturas
a que pertencem, o que as tornam de difícil compreensão e interpretação. Portanto, é recomendável uma abordagem
de totalidade na qual as diferentes disciplinas podem contribuir a partir dos
diferentes campos de conhecimento. Assim, assegura-se aos
estudantes a possibilidade de reconhecimento e compreensão do universo
simbólico que a dan |
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FUNDAMENTAL
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Proposta Curricular - 6º ao 9º ano Linguagens
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