CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL DA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO MUNICIPIO (POLO) NO ESTADO DO ACRE.
ETICILDO LOPES DE OLIVEIRA
RESUMO
Este artigo apresenta, o contexto Histórico e Social da EJA
no Estado do Acre, o processo histórico brasileiro tem marcas profundas da
desigualdade sociais. O pobre e o negro costumam ser descriminado e estão a
margem da sociedade é visível a presença de alunos (as) negros (as) na EJA,
iremos abordar a trajetória desta modalidade de ensino a nível nacional como
também a nível estadual onde faremos uma reflexão do seu surgimento e quem é o
Sujeito EJA e as práticas pedagógicas as Leis que regem a modalidade e como
podemos avançar através da EJA.
Palavra- Chave: Educação de Jovens e Adultos. Práticas
Pedagógicas. Legislação para a EJA.
Professor – na Escola Raimundo Gomes de Oliveira – Graduado
em Ciências da Natureza com Habilitação Plena em Química na Universidade
Federal do Acre (UFAC).
E-Mail: etioli@bol.com.br.
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTO TEÓRICO
3. RESULTADO
E DISCUSSÕES
4. CONCLUSÃO
1 INTRODUÇÃO
Este artigo nos traz conhecimentos a através de pesquisas bibliográficas em vários fontes de livros e artigos para que pudéssemos termos embasamento teórico do assunto
relacionado ao contexto histórico da EJA (Brasil e especialmente no Estado do Acre), com o objetivo de mostrar a
importância da modalidade EJA, no Município através do tempo, como também seu Histórico não só
ao nível de Brasil enfatizando no nosso Estado, mostrando desde o seu surgimento até os dias atuais. Para
fazermos uma Reflexão do Sujeito da EJA e as práticas pedagógicas com o
ensino-aprendizagem, tendo um conhecimento das Leis que regem esta modalidade,
como os projetos que ajudam o avanço da EJA, onde busca-se fazer um
levantamento dos principais conceitos no que se refere a EJA, e o quanto pra
nós professores é importante fazer cursos voltados para Educação de Jovens e
Adultos.
2. HISTORICO
DA EJA NO BRASIL.
A educação começa ter
início no Brasil 1549 – 1759. Período Jesuítico – Regimento de Dom João III:
“conversão dos indígenas pela catequese e pela instrução” Comandados pelo Padre
Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola
elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues,
contando apenas 21 anos. No Brasil os jesuítas se dedicaram à pregação da fé católica e ao
trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé
católica sem que soubessem ler e escrever. A obra jesuítica estendeu-se para o
sul e, em 1570, vinte e um ano após a chegada, já era composta por cinco
escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito
Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e
Bahia). Os jesuítas não trouxeram somente a moral, os costumes e a
religiosidade europeia; trouxeram também os métodos pedagógicos. Todas as
escolas jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de
Loiola, o Ratio Studiorum. Documento publicado em 1599 pelo Padre Aquaviva. Cuidadoso documento com regras práticas sobre
a ação pedagógica, a organização administrativa e outros assuntos dirigidos a
toda hierarquia da igreja desde o mais graduado ao mais simples professor.
Em 1759 – Expulsão dos jesuítas
(210 anos de reinado absoluto). A educação brasileira, com isso, vivenciou uma
grande ruptura histórica num processo já implantado e consolidado como modelo educacional
de sucesso.
Período Pombalino (1760 -
1808)
Se existia algo muito bem
estruturado, em termos de educação, o que se viu a seguir foi o mais absoluto
caos.
Os jesuítas foram
expulsos das colônias em função de radicais diferenças de objetivos com os dos
interesses da Corte.
Enquanto os jesuítas
preocupavam-se com o proselitismo e o noviciado, Pombal pensava em reerguer
Portugal da decadência que se encontrava diante de outras potências europeias
da época. A educação jesuítica não convinha aos interesses comerciais emanados
por Pombal. Ou seja, se as escolas da Companhia de Jesus tinham por objetivo
servir aos interesses da fé, Pombal pensou em organizar a escola para servir
aos interesses do Estado. Já no Período
Joanino (1808 – 1821) Abertura de Academias Militares, Escolas de Direito e
Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico, criação da Imprensa Régia.
Segundo alguns autores, o Brasil foi finalmente "descoberto" e a
nossa História passou a ter uma complexidade maior neste período surge a imprensa
para que as ideias fossem divulgadas, em 1921 período Imperial são criadas as
escolas noturnas para adultos com duração de um ano. No ano de 1924 outorgada
por Pedro I a primeira Constituição Brasileira em seu artigo 179 desta lei
Magna dizia que a “Instrução primaria e gratuita para todos os cidadãos”. Em 1823 a tentativa de se suprir a falta de
professores institui-se o Método Lancaster ou do “ensino mútuo, onde um aluno
treinado (decurião) ensinava um grupo de
dez alunos o qual era chamado de decúria
sob a rígida vigilância de um inspetor outro fato marcante foi em 1826 um
decreto institui quatro graus de instruções e propunha ainda a abertura de
escola para meninas, em 1835 surge a primeira escola normal do pais, até a
proclamação da república nada mais foi feito, no período republicano de (1889 – 1929) a reforma de Benjamin
Constante: Liberdade; Laicidade de ensino; gratuidade da escola primaria, a
década de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes no processo de
mudanças características politicas
brasileira. No que refere a educação foram realizadas várias reformas como a de
Lourenço Filho, no Ceará, a de Anísio Teixeira na Bahia em 1925, a de Francisco
Campos e Mario Cassssanta em Minas Gerais e a de Carneiro Leão, em Pernambuco.
No
período de trinta A Revolução de 30 foi o marco referencial para a entrada do Brasil no
mundo capitalista de produção. Acumulação de capital, do período anterior;
Investimento no mercado interno e na produção industrial; a nova realidade
brasileira passou a exigir uma mão-de-obra especializada e para tal era preciso
investir na educação; em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde
Pública; Em 1931, o governo provisório sanciona decretos organizando o ensino
secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes Decretos
ficaram conhecidos como "Reforma Francisco Campos".
Em
1932 um grupo de educadores lança à nação o Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova, redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados
educadores da época.
Em 1934 a nova Constituição (a segunda da
República) dispõe, pela primeira vez, que “a educação é direito de todos,
devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos”. Ainda em 1934, por iniciativa do governador
Armando Salles Oliveira (São Paulo), foi criada a Universidade de São Paulo.
Em
1935 o Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a
Universidade do Distrito Federal,
Período
do Estado Novo de 1937 – 1945. É outorgada uma nova Constituição em 1937.
"As
conquistas do movimento renovador, influenciando a Constituição de 1934, foram
enfraquecidas nessa nova Constituição de 1937. Marca uma distinção entre o
trabalho intelectual, para as classes mais favorecidas, e o trabalho manual,
enfatizando o ensino profissional para as classes mais desfavorecidas. ” (Romanelli)
Em
1942, por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, são reformados alguns ramos
do ensino. Estas Reformas receberam o nome de Leis Orgânicas do Ensino, e são
compostas por Decretos-lei que criaram o Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial – SENAI e valoriza o ensino profissionalizante.
O
ensino ficou composto, neste período, por cinco anos de curso primário, quatro
de curso ginasial e três de colegial, podendo ser na modalidade clássico ou
científico. O ensino colegial perdeu o seu caráter propedêutico, de
preparatório para o ensino superior, e passou a se preocupar mais com a
formação geral. Apesar dessa divisão do ensino secundário, entre clássico e
científico, a predominância recaiu sobre o científico, reunindo cerca de 90%
dos alunos do colegial.
A
nova Constituição (1946), determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino
primário e dá competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da
educação nacional.
Além
disso, a nova Constituição fez voltar o preceito de que a educação é direito
de todos, inspirada nos princípios proclamados no Manifesto dos Pioneiros
da Educação Nova, nos primeiros anos da década de 30.
Período
da Nova República 1946 – 1963. O Ministro Clemente Mariani, cria uma comissão
com o objetivo de elaborar um anteprojeto de reforma geral da educação
nacional. Esta comissão, presidida pelo educador Lourenço Filho. Em novembro de
1948 este anteprojeto foi encaminhado à Câmara Federal, dando início a uma luta
ideológica em torno das propostas apresentadas. As discussões mais marcantes
relacionaram-se à questão da responsabilidade do Estado quanto à educação,
inspirados nos educadores da velha geração de 1930, e a participação das
instituições privadas de ensino. Depois
de 13 anos de acirradas discussões foi promulgada a Lei 4.024, em 20 de
dezembro de 1961 prevalecendo as reivindicações da igreja católica e dos donos
de estabelecimentos de ensino no confronto dos que defendiam o monopólio
estatal para a oferta da educação aos brasileiros. Em 1950, em salvador, no
Estado da Bahia Anísio Teixeira inaugura o Centro Popular de Educação, dando início
a sua ideia de escola-classe e escola-porque. Em 1953 a educação passa a ser
administrada por um Ministério próprio: o Ministério da Educação e Cultura; Em
1961 a tem início uma campanha de alfabetização, cuja didática, criada pelo
pernambucano Paulo Freire, propunha alfabetizar em 40 horas adultos
analfabetos; Em 1962 é criado o Conselho Federal de Educação, que substitui o
Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação e, ainda em
1962 é criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de
Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método Paulo
Freire.
Em 1964,
um golpe militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação
brasileira, sob o pretexto de que as propostas eram "comunista e
subversivas".
Neste
período o brasil viveu um verdadeiro caos na educação escolas e Universidades
foram invadidas a União dos Estudantes foram proibidas de funcionar.
No
período militar foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL,
aproveitando-se, em sua didática, do expurgado Método Paulo Freire.
O MOBRAL
propunha erradicar o analfabetismo no Brasil... Não conseguiu. E, entre
denúncias de corrupção, acabou por ser extinto e, no seu lugar criou-se a
Fundação Educar. No bojo da nova Constituição, um Projeto de Lei para uma nova LDB foi
encaminhado à Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elísio, em 1988. No ano
seguinte o Deputado Jorge Hage enviou à Câmara um substitutivo ao Projeto e, em
1992, o Senador Darcy Ribeiro apresenta um novo Projeto que acabou por ser
aprovado em dezembro de 1996, oito anos após o encaminhamento do Deputado
Octávio Elísio. Até os dias de hoje muito tem se mexido no
planejamento educacional, mas a educação continua a ter as mesmas
características impostas em todos os países do mundo, que é mais o de manter o
"status quo", para aqueles que frequentam os bancos escolares,
e menos de oferecer conhecimentos básicos, para serem aproveitados pelos
estudantes em suas vidas práticas. Podemos dizer que a História da Educação
Brasileira tem um princípio, meio e fim bem demarcado e facilmente observável.
Ela é feita em rupturas marcantes, onde em cada período determinado teve
características próprias. Ministério da
Educação e da Saúde desde a década de 40, detinha um Plano geral de ensino
supletivo destinado a Adolescentes e Adultos.
3 2.1 TRAJETÓRIA DA EJA NO ACRE
No Acre a história de Educação de Jovens é
formada por um extenso e diversificado
percurso, que foi se constituindo através da adoção de práticas cada vez mais
voltadas para atendimento das necessidades do cidadão no que se refere à
formação escolar. Por volta de 1942, já existia educação para adultos, quando
ainda era Território, já era oferecido através do Primário Dinâmico,
equivalente às quatro primeiras séries do ensino fundamental, com duração de um
ano. Posteriormente, foi criada a fundação denominada MOBRAL (Movimento
Brasileiro de Alfabetização), depois vem o PEI (Programa de Educação Integral),
com equivalência de conteúdos de 1ª a 4ª série. Em 1970, surge o Projeto
Minerva para dar continuidade aos alunos do PEI, e funcionava através do rádio,
transmitido pela Rádio Difusora Acreana, em fitas K7 enviadas pela Fundação
Roberto Marinho.
Na década de 1980, tem-se o registro do
projeto João da Silva, com equivalência ao ensino das quatro primeiras séries.
Era oferecido pela SUDHEVEA (Superintendia de Desenvolvimento da Borracha) em
parceria com
A
Secretaria de Educação. Nos anos 1990 surge: PEB (Programa de Educação Básica),
SPG (Supletivo de 1º e 2º graus), Telecurso de 1º e 2º graus, Projeto
conquista, Educação de Jovens e Adultos. Por volta de 2008, a Educação de
Jovens e Adultos incorpora como modalidade na Secretaria de Educação do Estado.
Na atualidade é oferecido no Brasil Educação de Jovens e Adultos por: sistema
“S”, prefeituras, governos estaduais, federal, privados, entidades não
governamentais, e com aproximadamente 200 mil professores, ou educadores, trabalhando
com Educação de Jovens e adultos. Observamos um grande número de alunos negros
matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Estudos recentes destacam
que o contexto e o processo vivido pelo alunado da EJA não devem ser
compreendidos e examinados somente pelo viés da desigualdade social, mas também
racial. Segundo Sobralino:
Ainda
que as políticas educacionais de jovens e adultos tenham uma história recente
no Brasil, desde meados do século XX a alfabetização e o fenômeno do
analfabetismo tomaram partes, em alguma medida, da agenda política nacional,
seja por meio de campanha da alfabetização ou programas e ações organizadas por
governos. (SOBRALINO, 2009, p. 48-49).
Realmente, desde a constituição de
1988, chamada de constituição cidadã, e a Lei de diretrizes e Bases 9394/96,
houve avanços significativos, mas não podemos menosprezar o movimento negro,
que sempre lutou pelos seus direitos e ajudou a organizar outros movimentos,
além disso, o movimento pelo fim da escravidão em termos de mobilização só
perde para as Diretas Já. A Educação de Jovens e adultos (EJA) passou por
muitas mudanças, com importantes conquistas na legislação nas últimas duas
décadas, mesmo assim o analfabetismo ainda é um problema social presente na
vida de milhares de brasileiros, privando-os do acesso às informações básicas
propiciadas através da linguagem escrita, que amplia o acesso do cidadão aos
direitos sociais e consequentemente transitar na própria cultura. A legislação
educacional aponta para a garantia de aprendizagem às pessoas que não tiveram
acesso à educação na idade própria. No entanto, no Brasil ainda há 12,9 milhões
de analfabetos acima de 15 anos (UNESCO, 29 de janeiro de 2014), que continuam
excluídos da cultura letrada e impedidos de se comunicar mediante uso de
materiais escritos vinculados a diferentes contextos.
O atendimento a ampla e efetiva demanda de alfabetização
de jovens e adultos deve acontecer, independente das distancias relacionadas a
tempo e espaços, de forma que permita aos diferentes sujeitos aprender, se
desenvolver, conhecer e projetar-se no mundo. A partir de 2003, no cenário
nacional, com o lançamento do Programa Brasil Alfabetizado, várias ações foram
desenvolvidas em parcerias com a sociedade civil organizada voltada ao combate
do analfabetismo. Embora os resultados alcançados tenham demonstrado redução
dos índices em âmbito nacional, regional, estadual e municipal, os dados do
Censo 2010 revelam que ainda há um efetivo de 8,6% da população jovem, adulta e
idosa com idade a partir de 15 anos que ainda não sabem ler e escrever.
O processo histórico brasileiro é notoriamente marcado
por desigualdades sociais. O negro e o pobre costumam ser marginalizados na
sociedade no que diz respeito ao acesso à educação, à cultura e aos bens culturais,
desde tempos remotos. Infelizmente, ainda nos deparamos com uma grande presença
de alunos (as) negros (as) na EJA. De modo que possamos refletir essa questão
sentimos a necessidade de uma breve abordagem histórica da educação brasileira,
desde o século XVI até os dias atuais.
Resultados e Discussões
3. Revisão Geral sobre as leis que regem a EJA.
Começando desde a Constituição de 1988, a legislação
brasileira vem reforçando o conceito da educação como direito de todos:
crianças, jovens, adultos e idosos, destacando a importância da superação do
analfabetismo para a construção de um sentido pleno e amplo de cidadania. O
próprio Plano Nacional de Educação (Lei n. 10.172 de 09/01/2001) estabelece
entre as suas metas o estabelecimento de programas “visando a alfabetizar 10
milhões de jovens e adultos, em cinco anos e, até o final da década, erradicar
o analfabetismo”. Campanhas de alfabetização de jovens e adultos vêm sendo
realizadas no Brasil, desde a década de 1940, em nomeado combate ao analfabetismo.
Mesmo assim, ainda hoje o analfabetismo atinge 16,2 milhões da população
brasileira com mais de 15 anos ou mais, 33,2 milhões têm menos de quatro anos
de estudos e 65,9 milhões não concluíram o Ensino Fundamental.
As consequências
do analfabetismo e do baixo nível de escolarização na conjuntura das sociedades
contemporâneas são amplas: constituem um empecilho à liberdade plena das
pessoas, afetam a autoestima, são um impedimento concreto ao exercício da
cidadania. Cobra-se da escola a função
de ensinar como aprender. Nesta conjuntura, as populações não escolarizadas são
as que mais padecem. Por isso, a escolarização passa a ser apontada como
elemento decisivo na busca de uma cidadania ativa e participativa para todas as
pessoas. Para o jovem e para o adulto, a escola passou a representar a
possibilidade de aquisição de conhecimentos capazes de elevar a própria autoestima
e de facilitar a busca para um emprego melhor (MEC, 1999, p. 42-43).E a Educação Especial, como modalidade da
educação escolar, organiza-se de modo a considerar uma aproximação sucessiva
dos pressupostos e da prática pedagógica social da educação inclusiva, a fim de
cumprir os seguintes dispositivos legais e políticos filosóficos: Constituição
Federal, Título VIII, da Ordem Social.
3.1 PROGRAMAS BRASIL
ALFABETIZADO
Esse
artigo é interessante, pois ele fala sobre alguns programas de educação de
jovens e adultos que ocorreram no Brasil a partir da década de 1960e tem por
objetivo apontar os fatos ocorridos dentro dos programas de alfabetização e
suas durações são os pontos de destaque na apresentação de cada programa.
Os
projetos foram divididos por períodos de décadas para uma maior compreensão. A
alfabetização de jovens e adultos, na década de 1960, foi composta de vários
movimentos que visavam a educação e cultura popular. Entre esses destacam-se:
MEB – Movimento de Educação de Base;
MCP – Movimento de Cultura Popular;
CPC – Centro Popular de Cultura e
EPLAR – Campanha de Educação
Popular.
Por
ele apontar os fatos ocorridos neste período, é que nos traz uma noção dos
vários movimentos que eles tinham com a educação e a cultura popular.
3.2 O ACRE OFERECE A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E A EJA SE
CONSOLIDOU COMO ASSUNTO DE POLÍTICA NACIONAL?
No Acre a história de Educação de Jovens é formada por um
extenso e diversificado percurso, que foi se constituindo através da adoção de
práticas cada vez mais voltadas para atendimento das necessidades do cidadão no
que se refere à formação escolar. Por volta de 1942, já existia educação para
adultos, quando ainda era Território, já era oferecido através do Primário
Dinâmico, equivalente às quatro primeiras séries do ensino fundamental, com
duração de um ano. Posteriormente, foi criada a fundação denominada MOBRAL
(Movimento Brasileiro de Alfabetização), depois vem o PEI (Programa de Educação
Integral), com equivalência de conteúdos de 1ª a 4ª série. Em 1970, surge o Projeto Minerva para dar
continuidade aos alunos do PEI, e funcionava através do rádio, transmitido pela
Rádio Difusora Acreana, em fitas K7 enviadas pela Fundação Roberto Marinho. Na
década de 1980, tem-se o registro do projeto João da Silva, com equivalência ao
ensino das quatro primeiras séries. Era oferecido pela SUDHEVEA (Superintendia
de Desenvolvimento da Borracha) em parceria coma Secretaria de Educação. Nos
anos 1990 surge: PEB (Programa de Educação Básica), SPG (Supletivo de 1º e 2º
graus), Telecurso de 1º e 2º graus, Projeto conquista, Educação de Jovens e
Adultos.
Na década de 1940
a EJA se consolidou como assunto de política nacional, por força da
Constituição de 1934 que estabelecia nacionalmente a obrigatoriedade e a
gratuidade do ensino primário para todos. Um breve histórico sobre as
iniciativas para educação de adultos:
• Em
1947 foi criado o Serviço Nacional de Educação de Adultos – SNEA;
• De
1947/1952 tivemos a primeira campanha de massa para a Educação de adolescentes
e adultos, regulamentada pelo Fundo Nacional de Ensino Primário (FNEP);
Já entre
1952/1963, acontece concomitante a Campanha Nacional de Educação Rural (CNER),
e Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA);
Não
podemos esquecer o legado de Paulo Freire, com sua proposta de alfabetização
para adultos, que contagiou e inspirou vários intelectuais, que a partir dos
anos de 1960, foi colocado em prática com as seguintes parcerias: MEB
(Movimento de Educação de Base), ligado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil), dos CPCs (Centros Popular de Cultura), organizado pela UNE (União
Nacional dos Estudantes), dos Movimentos de Cultura Popular
(MCP),
que reuniam artistas e intelectuais e tinham apoio de administrações
municipais. Por volta de 2008, a Educação de Jovens e Adultos incorpora como
modalidade na Secretaria de Educação do Estado. Na atualidade é oferecido no
Brasil Educação de Jovens e Adultos por: sistema “S”, prefeituras, governos
estaduais, federal, privados, entidades não governamentais, e com
aproximadamente 200 mil professores, ou educadores, trabalhando com Educação de
Jovens e adultos. Observamos um grande número de alunos negros matriculados na
Educação de Jovens e Adultos (EJA). Estudos recentes destacam que o contexto e
o processo vivido pelo alunado da EJA não devem ser compreendidos e examinados
somente pelo viés da desigualdade social, mas também racial.
4. CONCLUSÃO
Ao passar do tempo a EJA tem
mostrado sua consolidação como modalidade de ensino e a cada ano vem se
aperfeiçoando tanto a nível de Brasil como no Estado do Acre, onde está muito
clara sua participação no desenvolvimento educacional do Estado.
5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
AZEVEDO, Fernando.
Sociologia Educacional: Introdução ao estudo dos fenômenos educacionais e de
suas relações com outros fenômenos sociais: Os
Sistemas escolares,
São Paulo, 1951. In: FORACCHI, Marialice M. e PEREIRA,
Luiz (org.) Educação
e sociedade: Leitura de sociologia da educação. São Paulo: Nacional 1985, p.
138-149.
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negro no Brasil de hoje:
história realidade, problemas e
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Editora. 2009.
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em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm, acesso
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http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-7031-a-6-
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acesso em 21/05/14).
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12.288, DE 20 DE JULHO DE
2010. (Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
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21/05/14 Às 13:32).
Ministério da Educação/Secretaria da
Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade. Superando
o Racismo na escola. 2º edição
revisado/Kabengele Munanga, organizador. -Brasília. 2005.
Oliveira,
Edir Figueira Marques de.
Educação
básica no acre, 1962-1983: imposição política ou pressão social /Edir Figueira
Marques de Oliveira – Rio Branco: E.F.M. 2000 CDD 379.8112