6.1 ÁREA: LINGUAGENS
Dentro
da proposta para os anos finais do ensino fundamental, apresentamos, aqui, uma
visão da área de linguagens e de seus componentes curriculares. No campo das
linguagens, podemos delimitar a linguagem verbal e a não verbal, sem
esquecermos, é claro, de seus cruzamentos: verbo-visuais, audiovisuais, entre
tantos outros – todas elas constituintes de sistemas arbitrários de sentido e comunicação.
Sabemos
que a principal razão de qualquer ato de linguagem é a produção de sentidos.
Assim, mais do que nunca, no mundo contemporâneo, a reflexão sobre as linguagens
(seus sistemas, processos e procedimentos comunicativos) é garantia de participação ativa
na vida social, ou seja, da
cidadania desejada; mesmo porque tais linguagens interagem e estão presentes em
todos os outros conhecimentos trabalhados pela escola.
Conforme
a Resolução CNE/CEB/MEC nº 7, de 2010, os componentes curriculares que integram a área de linguagens dos anos finais
do ensino fundamental são: Língua Portuguesa, Educação Física, Arte e
Língua Estrangeira Moderna (que, nesta proposta, é apresentada como componente
curricular da parte diversificada).
A
linguagem verbal, representada pela língua materna, por exemplo, desempenha o
papel de viabilizar a compreensão e a participação autônoma do jovem em
incontáveis discursos utilizados nas mais diversificadas esferas da vida social.
No que tange à Língua Estrangeira, qualifica a ampliação das possibilidades de
visão de mundo e de diferentes culturas, permitindo o acesso a aspectos
globalizantes das relações humanas.
A
linguagem não verbal em seu componente curricular Arte compreende: as
artes visuais, o teatro, a dança e a
música. O componente curricular Educação Física organizará sistematicamente os
conteúdos estruturantes da cultura corporal (os jogos, os esportes, as danças, as lutas, a ginástica, a capoeira entre outros) conhecidos e reconhecidos socialmente de forma a elevar o padrão
cultural dos estudantes no que diz respeito a sua práxis em diferentes âmbitos
da vida escolar e extraescolar.
Logo,
todos os componentes curriculares desta área de conhecimento possibilitam a
articulação interdisciplinar de seus conteúdos, partindo de temas geradores
abrangentes e contemporâneos que afetam a vida humana em escala global,
regional e local, bem como na esfera
individual. Aqui, a transversalidade constitui uma das maneiras de trabalhar os
grandes temas desta área em uma perspectiva integrada e integrante, favorecendo
sua contextualização e aproximando o processo educativo das experiências dos estudantes.
Para finalizar,
acreditamos que, na Área de Linguagens, fica fortalecida a importância do trabalho empenhado coletivamente na
promoção de uma cultura escolar acolhedora
e respeitosa, que reconheça e valorize as experiências dos estudantes,
atendendo às suas diferenças e necessidades específicas, de modo a contribuir
para efetivar a inclusão escolar e o direito de todos à educação.
6.1.1 Língua Portuguesa
“A palavra é o meu domínio sobre o mundo.”
Clarice Lispector
Apresenta-se uma proposta curricular para o ensino de língua
materna, baseada nos seguintes documentos: os PCN de Língua
Portuguesa – terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental; as Orientações
para o Planejamento Pedagógico, elaborado pela Secretaria de
Educação da Bahia; e os documentos
norteadores para o desenvolvimento do
Pacto pela Educação. Partindo desses documentos, traçaram-se competências e habilidades que possibilitarão ao aprendiz ter contato com os aspectos
textuais e linguísticos, por meio da
leitura, escuta e produção textual,
tanto na modalidade oral quanto na modalidade
escrita da língua portuguesa.
Pensa-se que é favorecendo o contato com os gêneros
textuais, em diferentes situações
de comunicação, que será construída a sua apropriação, a partir dos quais,
consequentemente, será aberto o
diálogo interdisciplinar entre alguns
gêneros, bem como entre aspectos linguísticos da língua portuguesa.
Como se
sabe, tais aspectos devem ocorrer associados à condição
do sujeito aprendente, usuário de sua língua
materna como
falante/ouvinte/leitor/escritor, proporcionando-lhe
uma reflexão sobre a real utilização da língua,
seja nos textos escritos ou orais, em quaisquer
situações sociointerativas. Desta
forma, intenta-se favorecer uma crescente abordagem de tratamento dos gêneros, oportunizando
ao aprendente perceber que o texto é uma necessidade social e
que os seus saberes – linguísticos,
textuais e extralinguísticos –
têm o
objetivo de ampliar o seu letramento, potencializando a sua efetiva participação na
sociedade em que vive.
Esta proposta está dividida em dois eixos: Eixo 1 – Uso da Língua Oral e Escrita; e Eixo 2 – Reflexão sobre Língua e Linguagem – os quais devem sempre ser vistos/percebidos/ trabalhados de forma relacional,
levando-se em consideração
que o
estudo
do texto oral e escrito, na escuta, leitura e respectivas produções, estará sempre condicionado
à sua prática como texto e às práticas linguísticas,
as quais só existem se realizadas
pelos falantes, em situações reais de comunicação e por meio de textos. Neste sentido, devem-se
considerar, como informações importantes, os elementos linguísticos e textuais
presentes nas manifestações comunicativas do estudante, partindo delas em
direção à ampliação do letramento e
articulando as possibilidades de aprendizagem em cada ano.
Assim, professor(a), convidamos
você a ler este material, pensando em uma melhor
forma de favorecer ao discente um efetivo aprendizado
de qualidade, não perdendo
de vista que esse aprendizado lhe é um direito, e que lhe permitirá
obter uma vivência digna na sociedade da qual faz parte.
Portanto,
contando com a sua compreensão da necessidade de se fazer um ensino de melhor
qualidade, vamos investir na leitura e aplicação
deste material, que busca lhe
oferecer uma visão das habilidades
e competências a serem trabalhadas,
paulatinamente, nos anos finais do ensino fundamental. Pode entrar!
Fique à vontade para criar, a partir das
orientações a seguir.
Eixo 1 - Conhecimento Linguístico: Uso da Língua
Oral e Escrita
Possibilidades Metodológicas do Eixo 1 Conhecimento Linguístico: Uso da Língua
Oral e Escrita
A condução
das aulas de leitura/escuta/produção textual
deve levar em consideração que
o aprendente necessita
desenvolver uma autonomia
comunicativa. Para isso, é imprescindível que as práticas
textuais sejam planejadas no sentido de dar ao estudante a palavra, da mesma forma que o escritor a possui, fazendo com que esse
estudante se sinta incentivado a apresentar suas ideias, “(...) como um autônomo cidadão que vive em coletividade, cuja expressão individual é esperada, por isso deve ser valorizada. (...)” (PRUDENCIO, 2009, p. 332). Na seleção de gêneros a serem trabalhados, o(a) professor(a) deve considerar os seguintes fatores: as possibilidades de aprendizagem, as
necessidades dos estudantes, o grau de complexidade do objeto
e o grau de exigência das tarefas; priorizando aqueles cujo domínio
é fundamental à efetiva
participação social e transitando entre os classificados como literários, científicos, imagéticos, jornalísticos, entre outros,
inclusive os de caráter tecnológico, a diversidade de gêneros que circulam na sociedade. Durante tal seleção, a quantidade
não deve sobrepujar a qualidade dos textos, para que funcionem, de fato, como modelos para os aprendentes, que deverão,
a partir deles e com orientação do(a) professor(a), articular a
prática linguística às práticas
textuais e vice-versa.
Algumas práticas devem ser realizadas
como a retextualização e a reescrita de textos. Na primeira, deve-se
desenvolver a elaboração de um texto de um gênero, partindo de outro texto de
gênero e modalidade diferentes. Por
exemplo, elaborar um apontamento, a partir de uma aula ou de uma
palestra, elaborar um júri simulado a partir de um romance. Para a segunda, deve-se ter a consciência de que o texto é construído em etapas e que a sua reescrita ou refacção é inerente
à elaboração. Para isso,
deve ser desenvolvida a autocrítica no discente,
por meio de exercícios de autoavaliação, entendendo que o fazer e o refazer do texto são
etapas rotineiras do processo de elaboração. Afinal, ler, escutar,
escrever e falar são as formas reais que o indivíduo possui
para apresentar, em o seu discurso,
a sua história, a qual o individualiza neste mundo de diversidade.
Eixo 2 - Conhecimento Linguístico: Reflexão sobre
Língua e Linguagem
Possibilidades Metodológicas do Eixo 2 Conhecimento Linguístico: Reflexão sobre
Língua e Linguagem
Em suas práticas cotidianas, dentro da sala de aula e fora dela, as relações que o(a)
professor(a) estabelece com a linguagem contribuem para a formatação da relação
de seu estudante com a linguagem. Então, a proposta de reflexão sobre língua e
linguagem deve partir dos próprios contextos sociointeracionais e discursivos
do(a) professor(a) e do estudante em direção a uma autonomia crítica em suas
novas e diversificadas experiências de letramento diárias.
Com esta perspectiva, sugerimos: a elaboração de
atividades sobre aspectos discursivos e linguísticos do gênero selecionado; a
programação dos conteúdos, partindo
das possibilidades de
aprendizagem presentes no
gênero escolhido; o planejamento de atividades que despertem
para o autoexercício
da revisão das estruturas linguísticas inadequadas; a
prática de construção de situações sociointerativas nos mais diversificados
meios culturais e linguísticos, considerando, inclusive, as novas tecnologias;
a necessidade de estabelecer relações entre os conteúdos, vivenciando uma
postura reflexiva e dinâmica sobre a língua.
Por fim, ressaltamos que o trabalho com a gramática deve
realizar-se, tal como esta proposta anuncia: de forma reflexiva e
contextualizada, portanto relacionado a
um “saber fazer”, concretizado nas
diversas possibilidades de produções textuais orais ou escritas.
6.1.2
Língua Estrangeira Moderna: Inglês/Espanhol
Esta
proposta curricular de ensino de Línguas Estrangeiras Modernas (Inglês e
Espanhol) para turmas de 6º a 9º ano foi elaborada
de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN). Nessaperspectiva, buscam-seexperiênciaspedagógicasfundamentadasnaconstrução
de conhecimentos por meio do diálogo
entre conteúdos relativos
ao desenvolvimento das habilidades
linguísticas e saberes de outras áreas. Para tornar a aprendizagem mais significativa,
esta proposta educativa pauta-se em gêneros textuais, aqui identificados como o
espelho das práticas sociais.
Com o
objetivo de enfocar as quatro habilidades da competência comunicativa – falar, ouvir, ler e escrever – as
competências e habilidades em destaque neste documento objetivam a aquisição da língua estrangeira através de conteúdos que possam ser mobilizados
em situações que exijam os conhecimentos sistêmicos, de mundo e de
organização textual, demonstrando
a sua construção nas dimensões social, política e cultural. Assim,
estabelecem-se dois eixos temáticos, que apresentam as competências e as
habilidades a serem desenvolvidas, além das possibilidades metodológicas de
trabalho em sala de aula.
O
primeiro eixo, Dimensões do Conhecimento Linguístico: a oralidade e a
escrita, apresenta competências que envolvem os vários níveis de
organização linguística relacionados ao conhecimento sistêmico: conhecimentos
léxico-semânticos, morfológicos, sintáticos e fonético-fonológicos, priorizando
os pontos de convergência entre a língua materna e a língua estrangeira
estudada. Considerando a natureza sociointeracional da linguagem, pretende-se
facilitar ao aprendiz situar-se no mundo em que vive e desenvolver a
consciência linguística e cultural no contato com a língua-alvo.
No
segundo eixo, Dimensão Social e Interativa do Conhecimento: a leitura e a
inclusão digital, destaca-se a organização textual e a construção do significado,
valorizando o conhecimento de mundo do aprendiz e o papel interdisciplinar que
a aprendizagem de língua estrangeira pode desempenhar no currículo. A aplicação
de estratégias de leitura, através de diversos gêneros textuais escritos, e o
uso de tecnologias aplicadas ao ensino de língua estrangeira ressalta as
dimensões do conhecimento intertextual e a diversificação de leituras que essas
ferramentas podem proporcionar.
Nessa proposta, denomina-se como componente curricular a Língua
Estrangeira Moderna, pois, no
ensino fundamental do 6º ao 9º ano, qualquer que seja a língua estrangeira
selecionada, esta deverá ser utilizada como um recurso para o desenvolvimento
integral do indivíduo, devendo proporcionar ao estudante a compreensão da
natureza da linguagem, a apreciação de
costumes e valores de outras culturas e favorecer o respeito e a aceitação das
diferenças. Assim, conforme evidenciado nos Parâmetros Curriculares Nacionais
(1998, p.38), “a aprendizagem de Língua Estrangeira no ensino fundamental não é
só um exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas
em um código diferente; é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as
possibilidades de se agir discursivamente no mundo”. Entende-se, então, que
tais aspectos devem ser enfatizados, independentemente da língua-alvo.
Espera-se
que essa proposta curricular venha integrar os saberes propostos para este milênio–
aprenderaser, afazer,
aconhecereaconviver– apartirdeprojetosmultidisciplinares
que possibilitem ao(à) estudante desenvolver-se em suas múltiplas
inteligências. Dessa forma, a educação cumpre o seu papel proporcionando o
ambiente favorável para o desenvolvimento do conhecimento do aprendiz no meio em que vive,
construindo estratégias para
transformá-lo por meio do aprendizado das línguas estrangeiras.
Inglês
Eixo 1 - Dimensões
do Conhecimento Linguístico: a Oralidade e a Escrita
Possibilidades Metodológicas do Eixo 1
Dimensões do Conhecimento Linguístico: a Oralidade e a Escrita
Ao
trabalhar com uma língua estrangeira, é inevitável a abordagem da cultura e das
representações da língua-alvo. Assim sendo, no eixo Dimensões do conhecimento linguístico: a oralidade e a escrita, o
professor poderá promover, de modo coletivo e partilhado, valorizando o
conhecimento trazido pelo estudante, a reflexão sobre questões relativas à diversidade
linguística e manifestações culturais das línguas estrangeiras. Em grupos, os
estudantes podem ser orientados a identificar ilustrações de trajes, danças e
pratos tipicos, relacionando-os aos países que utilizam a língua-alvo. Também
podem ser apresentados pequenos vídeos sobre datas comemorativas importantes em
cada país (Halloween, nos Estados Unidos; Dia da Vitória, na Inglaterra, por
exemplo), sempre comparando com as demonstrações culturais em nossa região,
como o Carnaval.
Os estudantes podem ser estimulados a fazerem uma pequena apresentação dos aspectos culturais
mais significativos de cada país ou ilustrarem os empréstimos linguísticos da
língua alvo. Ademais, esse trabalho poderá ter como base, variados
gêneros textuais, como mapas, jornais, revistas, receitas culinárias, guias e
roteiros turísticos, anúncios de shows, programações de televisão, propagandas,
cartoons, entrevistas, músicas, a fim de trabalhar vocabulário, identificação das
variações linguísticas e estruturas sintáticas, além de filmes, como por
exemplo, Dirty Dancing 2, os quais possibilitam trabalhar as questões
culturais, políticas, geográficas e históricas ao longo do filme. Tais ações permitem a construção de
conhecimentos na língua estrangeira e o desenvolvimento de habilidades que
despertem a consciência crítica e reflexiva
sobre a sua visão de mundo e a do outro. Os aspectos morfológicos, sintáticos,
léxicos e semânticos da língua podem ser utilizados como subsídios para uma
maior compreensão e produção de textos orais e escritos, a partir de diálogos
simples relacionados com a vida do dia a dia.
Eixo 2 - Dimensão
Social e Interativa do Conhecimento: a Leitura e a Inclusão
Digital
Possibilidades Metodológicas do Eixo 2
Dimensão Social
e Interativa do Conhecimento: a Leitura e a Inclusão
Digital
No eixo
Dimensão Social e Interativa do Conhecimento: a leitura e a inclusão
digital objetiva- se o
desenvolvimento de estratégias que permitam a compreensão da informação contida
nos diversos gêneros que sejam trabalhados em sala de aula. Sugere-se como
estratégia metodológica utilizar atividades de análise e (re)construção dos sentidos de diferentes gêneros textuais. A primeira requer que
o leitor analise as possibilidades que o texto oferece para sua compreensão; a
segunda que o leitor (re)construa e transforme, de alguma maneira, a informação do texto,
podendo até (re)construir um texto de um dos gêneros que o professor achar que o estudante
é capaz, com base no que tiver trabalhado na sala de aula. Por exemplo,
provocar o estudante, conversando sobre o assunto do texto para que demonstre
o seu conhecimento prévio; introduzir o texto a partir dos recursos não lineares para que o mesmo
faça predições; sublinhar as palavras-chave e cognatas; confirmar as suas
predições ou não; localizar e categorizar a informação do texto; identificar, reconhecer ou sublinhar partes
do texto que representam significados ou informações a serem pesquisados no texto; classificar partes do texto que
representam determinadas categorias e classificar partes do texto com
rótulos fornecidos pelo professor; explorar o vocabulário
e a estrutura gramatical; refletir e/ ou relacionar o assunto do texto com a sua
realidade e a de outros. Importante mencionar que o professor deve selecionar
textos que despertem no estudante o interesse pela leitura em variados gêneros
textuais (como tirinhas, charges, blogs, anúncios, contos, histórias) adequados a sua faixa etária
e ao seu nível de conhecimento.
As
possibilidades de aprendizagem permeiam a leitura em bibliotecas virtuais,
leitura e escuta de música, acesso a imagens de todos os tipos, linguagens
digitais, obtenção de informações em comunidades virtuais, compra, pesquisa,
leitura por meio de recursos autênticos sobre a cultura alvo, confrontando-a
com a cultura materna. Não deixando de mencionar a possibilidade de interação
com falantes nativos a distância, atendendo suas necessidades de aprendizagem no ciberespaço.
Espanhol
Eixo 1 - Dimensões do conhecimento linguístico: a Oralidade e a Escrita
Possibilidades Metodológicas do Eixo 1
Dimensões do Conhecimento Linguístico: a Oralidade e a Escrita
No eixo
Dimensões do Conhecimento Linguístico: a oralidade e a escrita, o professor poderá promover, de modo coletivo
e partilhado, valorizando o conhecimento trazido
pelo estudante, a reflexão sobre questões relativas à
diversidade linguística e manifestações culturais das línguas estrangeiras ao apresentar, por exemplo, canções que apresentem características dialetais
diferentes. Dessa forma, o estudante vai perceber que a língua espanhola não é
uma entidade monolítica e uniforme, mas que há uma variedade linguística em
vários níveis (fonético, morfológico, sintático
e lexical) e que todas as variantes
são aceitas e válidas como veículo de comunicação. Sendo assim,
sugerimos o gênero canções para trabalhar variantes de alguns países, pois além de possibilitarem um trabalho integrado
com as duas habilidades
contempladas neste eixo, constituem fonte inesgotável de informações sobre
variedade linguística e cultural.
Uma possibilidade seria o trabalho
com uma das canções abaixo:
•
Somos Invencibles - Rock Bones/Argentina
•
A Dios le pido - Juanes/Colombia
•
Siempre me quedará - Bebe/España/Andalucía
É possível também
explorar por meio desse gênero aspectos interdisciplinares: político, cultural e geográfico.
O professor pode fornecer ou solicitar que os estudantes pesquisem sobre o
intérprete, país de origem, contexto histórico e sobre o tema explorado na canção. Outra possibilidade seria a utilização de outros gêneros
textuais como filmes que possibilitem
ao estudante a construção de conhecimentos na língua estrangeira e o desenvolvimento de habilidades que despertem a
consciência crítica e reflexiva sobre a sua
visão de mundo e a do outro.
Os
aspectos morfológicos, sintáticos, léxicos e semânticos da língua podem ser
utilizados como subsídios para uma maior compreensão e produção dos textos
orais e escritos.
Eixo 2
- Dimenção Social
e Interativa do Conhecimento:
a Leitura e a Inclusão
Digital
Possibilidades Metodológicas do Eixo 2
Dimensão Social Interativa do Conhecimento: a Leitura e a Inclusão
Digital
Neste
eixo objetiva-se o desenvolvimento de estratégias que permitam que o estudante
possa compreender a informação contida nos diversos gêneros apresentados pelo professor.
Sugere-se, como estratégia metodológica, utilizar atividades de análise
e (re) construção dos sentidos de diferentes gêneros
textuais. A primeira requer que o leitor analise
as possibilidades que o
texto oferece para sua compreensão; a segunda que o leitor transforme, de
alguma maneira, a informação no texto. Por
exemplo, solicitar ao estudante que complete o texto reconstruindo significado;
localizar e categorizar a informação do texto; apagar palavras e frases do texto para serem completadas pelo estudante; localizar ou sublinhar partes
do texto que representam significados ou informações a serem pesquisados no texto; classificar partes do texto que representam determinadas categorias e
classificar partes do texto com rótulos fornecidos pelo professor.
Importante mencionar que o professor deve selecionar gêneros
que despertem no estudante o interesse pela leitura (tirinhas, charges,
blogs, anúncios, letras de canções, contos etc.)
As
possibilidades de aprendizagem permeiam a leitura em bibliotecas virtuais,
leitura e escuta de música,
acesso a imagens
de todos os tipos, linguagens digitais, obter informações em comunidades virtuais,
compra, pesquisa, leitura por meio de recursos autênticos sobre a cultura alvo,
confrontando-a com a cultura materna,
não deixando de mencionar a possibilidade
de interação com falantes nativos
a distância, atendendo suas necessidades de aprendizagem
no ciberespaço.
6.1.3 Arte
Apresentesíntesedepropostacurriculardeensinode Arte(artesvisuais, dança, músicaeteatro) para o 6º ao 9º ano também
foi elaborada de acordo
com os PCNs, respeitando as características e a
realidade educacional local.
A Arte faz-se
presente em toda a história da
humanidade, revelando-a de forma
singular, a partir da
produção do artista,
independentemente de fazer
parte de um ensino formal ou
informal. De acordo com Ferraz e Fusari
(1999, p. 16), “a arte se constitui de modos específicos de manifestação da atividade criativa dos seres humanos ao interagirem com o mundo em que vivem,
ao se conhecerem e ao conhecê-lo”.
A educação em Arte, por sua vez, favorece o desenvolvimento do pensamento artístico
e da percepção estética, bem como a construção
de uma poética pessoal que contribui
com o desenvolvimento da criatividade do ser humano, independentemente de sua faixa etária.
A área de
conhecimento ARTE é ampla
e articula, para fins
de estudo, quatro linguagens específicas: artes visuais, dança, música e teatro que, entrelaçadas, constituem-se a multiplicidade de expressões inerente ao ensino
de Artes na escola, constituindo-se
objeto de estudo desta
área toda forma de expressão que, em um dado espaço
e tempo, utilize
as diversas linguagens artísticas
para manifestar-se.
Dessa forma, como conceitos-chave para o trabalho pedagógico com Arte, definimos: cultura, pensamento
estético, reflexão, arte como produção cultural, capacidade criadora e autoexpressão. Desenvolver um trabalho de qualidade com Arte implica, pois, a necessidade de um(a) professor(a)
especialista e condições mínimas de infraestrutura
para que o seu ensino seja significativo.
A escola precisa
abrir espaços para atividades
artísticas em outros momentos
curriculares, orientadas por professores e profissionais especialistas, dentro de suas possibilidades. Nesta proposta, estes são
os princípios constituintes: compreensão da Arte e de suas
formas de expressão como produção
social, histórica e cultural; diálogo
com a diversidade de culturas, etnias, religiões, saberes informais
e, também, com toda a inserção de artefatos de consumo e produções midiáticas que atravessam
as subjetividades contemporâneas;
respeito à diversidade e especificidade das linguagens artísticas; inserção do ensino da arte no cotidiano escolar com vistas
ao desenvolvimento integral dos jovens.
O percurso curricular que ora se apresenta
organiza-se a partir de
três eixos: produzir, contextualizar e apreciar.
O eixo da produção
é concretizado a partir do “fazer artístico” que implica
a expressão, construção e representação, permitindo que o(a)
estudante mergulhe, exercite e explore diversas formas de expressão, construindo seu percurso de
criação artística.
Acontextualização, quesearticulaàreflexão, éexercitadapormeiododiálogocomainformação artística, relacionando-se à pesquisa. Este eixo
abrange a própria atuação do(a) estudante
e a sua vivência cultural e permite a compreensão
do próprio trabalho artístico, dos colegas e da arte como produto social e
histórico. Por sua vez, a apreciação, que, na linguagem dos PCN (1998), traduz-se como fruição, significa o
exercício da leitura, da apreciação com criticidade, referindo-se à recepção, percepção, decodificação, interpretação, fruição da arte e
do universo a ela relacionado. No documento ora apresentado, a construção de conhecimentos que fazem parte da vida humana motivou a estruturação das competências e habilidades próprias à área e suas diversas linguagens. Distribuir os conteúdos e
competências a partir de unidades
conceituais, ultrapassando a ideia de seriação,
permite ao(à) professor(a) iniciar o entendimento da arte a partir de qualquer
um dos eixos.
A política
de avaliação nesta proposta curricular
de Arte é de natureza
formativa, objetivando a consolidação de uma rede de
saberes durante todo
o processo pedagógico e abrangendo as diversas áreas (fatos,
conceitos, procedimentos e atitudes), de modo integrado.
Eixo 1 - Conhecimento Artístico: Contextualização e Reflexão
Possibilidades
Metodológicas do Eixo 1 Conhecimento Artístico: Contextualização e Reflexão
No
âmbito da contextualização e reflexão, tendo
em vista as competências estabelecidas
para cada linguagem, propomos
como possibilidades metodológicas a construção de portfólio.
Nesta proposição, há que se empreender em selecionar,
organizar, relacionar, interpretar dados e
informações representadas de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar
situações-problema.
Também há que se considerar que as linguagens, quer sejam artísticas ou não, constituem- se em sistemas simbólicos para o recorte
e representação da realidade. Ainda como estratégia metodológica, sugerimos, além das aulas expositivas dialogadas, visitas ao teatro e ao museu
e demais espaços coletivos/culturalmente consolidados, a fim de ampliar o
universo cultural dos estudantes.
Eixo 2 - Conhecimento Artístico: Produção
Possibilidades Metodológicas do Eixo 2 Conhecimento Artístico:
Produção
Sugerem-se as seguintes
possibilidades metodológicas no âmbito deste eixo: construção
de cenas e roteiros
que contenham enredo, história,
conflitos dramáticos, personagens, diálogo e ação. Além
disso, criação de movimentos corporais e vocais individuais, de acordo com escolhas
pessoais, respeitando e compreendendo
seus limites, possibilidades físicas, emocionais e intelectuais.
O exercício
de criação e análise de diferentes ações dramáticas, musicais,
de dança e artes visuais
favorece o conhecimento e exploração das capacidades do corpo e
da voz, bem como a construção de personagens e elementos inerentes à cena teatral de acordo com o roteiro ou texto.
O despertar para a percepção sonora e a sensibilidade estética pode ser concretizado por intermédio da pesquisa de
sons em diferentes fontes sonoras, seus
registros e utilizações. Pode-se promover ainda: a
comparação de músicas de culturas brasileiras
e estrangeiras, observando e analisando características (melódicas, rítmicas, instrumentais, vocais, harmônicas,
interpretativas etc.); a percepção auditiva dos encadeamentos harmônicos em
peças musicais; a experimentação de
possibilidades de sons corporais
e vocais, e sua organização no processo criativo; a criação de
objetos bi e tridimensionais, que permitem uma
experiência sensória sobre o objeto
no espaço (forma, volume,
cor, posição etc.); a articulação da produção no campo das Artes
Visuais com a produção
no campo das demais linguagens, que favorece a percepção da
integração existente entre as diversas linguagens artísticas.
Eixo 3 - Conhecimento Artístico: Apreciação/Fruição
Possibilidades
Metodológicas do Eixo 3 Conhecimento
Artístico: Apreciação/Fruição
A
apreciação/fruição caracteriza-se como o momento em que os estudantes mergulham
no mais
íntimo da produção, desenvolvendo uma postura contemplativa e aprofundada do
fenômeno em si. A audição ativa de músicas de diversas épocas, gêneros e
estilos desperta- os para o conhecimento e a apreciação das produções musicais
de diferentes grupos sociais e períodos históricos, o que permite a identificação,
o reconhecimento e a elaboração de melodias em diferentes tonalidades e amplia
o universo musical
do estudante.
A execução de ritmos tradicionais
diversos e criados pelo grupo, quando vinculados à apresentação de imagem
estática e/ou em movimento, por meio de vídeos, fotos, textos, revistas etc.,
para identificação de posicionamento e locomoção no espaço cênico, projeção da voz, cenário, figurino
e adereços favorecem pensar as linguagens de forma integrada.
E,
no processo de despertamento da apreciação/fruição, há que se incluir a visita a museus
e a exposições (presencias ou virtuais), além da audiência de peças teatrais,
espetáculos de música e dança. Com isto, acredita-se estimular a construção
de conhecimento sobre o trabalho artístico quer pessoal, ou de outros,
compreendendo-o como fruto historicizado da multiplicidade de culturas humanas.
6.1.4 Educação Física
A
Educação Física escolar constitui-se um componente curricular obrigatório da
educação básica, integrada à proposta pedagógica da escola (BRASIL, 2003). No ensino fundamental do 6º
ao 9º ano, tratará da cultura corporal, sistematicamente de forma a elevar o
padrão cultural dos estudantes no que diz respeito a este componente curricular
e sua prática em diferentes âmbitos da vida escolar e extraescolar.
O
conceito de cultura corporal começa a ser usado em meados da década de 1980, em
um contexto nacional de abertura política específica de crítica à esportivização
da Educação Física brasileira, sob forte influência de intercâmbios entre Brasil
e Alemanha (TAFFAREL; ESCOBAR, 1987; CASTELLANI
FILHO, 1988; SOARES, 1996; ALMEIDA, 1997). Desta forma, a
Educação Física é a “matéria
escolar que trata, pedagogicamente, temas da cultura
corporal, ou seja, os jogos, a ginástica, as lutas, as acrobacias, a
mímica, o esporte e outros” (SOARES et al, 1992, p. 18).
A
organização do trabalho pedagógico está formatado em 6 eixos que será
desenvolvido do 6º ao 9º ano, com temáticas trabalhadas sistematicamente e
consolidadas ao longo dos anos finais do ensino fundamental. Tem como objetivo avaliar sistematicamente
os saltos qualitativos nas competências, habilidades e valores dos estudantes
em relação à cultura corporal. Para tanto, são necessários conteúdos estruturantes desta, ou seja, conhecimentos
reconhecidos no campo da cultura corporal a serem rigorosamente tratados no
trabalho pedagógico socialmente útil realizado na escola e seu entorno.
Os
seis (6) eixos do trabalho pedagógico, abaixo relacionados, estão organizados
por ano, pois deverão ser trabalhados no ensino
fundamental, seguindo e ampliando o grau
de complexidade, em observância e consonância com a proposta pedagógica
da unidade escolar.
Eixo 1 - Jogo, Ludicidade e
Desenvolvimento Humano Eixo 2 - Ginástica, Saúde e Estética
Eixo 3 - Lutas, Histórias,
Autocontrole e Respeito ao Próximo Eixo 4 - Capoeira, História e Cultura
Eixo 5 - Esporte, Cultura e Cidadania
Eixo 6 - Dança, Expressão Corporal e Arte
A
avaliação deverá ser de natureza diagnóstica, processual e formativa, cuja
vivência seja marcada pela lógica da inclusão, do diálogo, da construção da
autonomia, da mediação, da participação, da construção da responsabilidade com
o coletivo, objetivando a consolidação de uma rede de saberes durante todo o
processo pedagógico e abrangendo as diversas áreas. Todos deverão demonstrar competências globais, habilidades,
conhecimentos e atitudes em relação aos eixos de trabalho propostos para o
ensino fundamental do 6º ao 9º ano, elevando o padrão cultural e esportivo dos
estudantes baianos.
Eixo 1 - Jogo, Ludicidade e Desenvolvimento Humano
Possibilidades
Metodológicas do Eixo 1 Jogo, Ludicidade e Desenvolvimento Humano
O jogo
é fundamental na esfera do
desenvolvimento psíquico, das motivações e das necessidades, tendo relação com a evolução
da conduta humana.
Num programa de jogos para as diversas séries, é importante
que seus conteúdos
sejam selecionados, considerando a memória lúdica da comunidade em que o estudante
vive e oferecendo-lhe, ainda, o
conhecimento dos jogos das diversas regiões brasileiras e de
outros países.
O conteúdo
desses jogos deve implicar:
•
o
desenvolvimento da capacidade de organizar os próprios jogos e decidir
suas regras, entendendo-as e aceitando-as como exigências do coletivo;
•
a organização técnico-tática e o julgamento
de valores na arbitragem dos mesmos;
•
a necessidade do treinamento e da
avaliação individual e do grupo para jogar bem
tanto técnica quanto
taticamente.
Eixo 2 - Ginástica, Saúde
e Estética
Possibilidades Metodológicas do Eixo 2 Ginástica, Saúde e Estética
Um dos significados da prática da ginástica está
relacionada à saúde não no seu sentido
restrito
referindo-se à doença, mas no seu complexo e
ampliado sentido de vida. As possibilidades metodológicas, no âmbito deste eixo, podem ser destacadas como: formas
técnicas de diversas ginásticas (arística ou olímpica, rítmica, desportiva,
aeróbica etc.); projetos individuais e coletivos de prática/exibições na escola
e na comunidade; programas de formas ginásticas, tecnicamente aprimoradas,
considerando os objetivos e interesses dos próprios estudantes; formação de grupos ginásticos que pratiquem e façam exibições dentro da escola e fora dela, envolvendo a comunidade.
Eixo 3 - Lutas,
Histórias, Autocontrole e Respeito ao Próximo
Possibilidades
Metodológicas do Eixo 3 Lutas, História, Autocontrole e Respeito ao Próximo
As lutas representam atividades historicamente formadas e
culturalmente desenvolvidas
de se
exercitar para fins de defesa pessoal, lúdicos e estéticos. Assim sugerem-se
formas de lutas que ampliem as
possibilidades de compreensão sobre a origem, as bases e fundamentos de
diferentes formas de lutas, como por exemplo: as lutas clássicas de cada região
do planeta – África, Ásia, Europa, Continente Americano; as técnicas e táticas
das diferentes modalidades de lutas como judô, karatê, e outras.
Eixo 4 - Capoeira, História
e Cultura
Possibilidades Metodológicas do Eixo 4 Capoeira, História e Cultura
A capoeira, uma das expressões mais significativas da cultura afro-brasileira, recebeu
recentemente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), o título de Patrimônio Cultural do Brasil, pelo
seu valor como símbolo de resistência de uma cultura
negada, durante séculos,
em nosso país. A mesma tem uma ligação muito íntima com todo o
processo civilizatório brasileiro, sobretudo no que diz respeito à construção de nossa identidade
cultural.
A prática
da capoeira possibilita ampliar as referências sobre suas origens, bases, fundamentos e finalidades como jogo, dança e
patrimônio imaterial da humanidade. Portanto, a inclusão da capoeira como prática educativa na rede pública de ensino é fruto
do processo de escolarização da mesma, cujo contexto histórico se
percebe desde o final da década
de setenta. Propomos uma
visão mais alargada sobre as possibilidades de sua prática pedagógica.
Isso contempla o trato com a capoeira de maneira contextualizada, não só pela
Educação Física, mas
também por outras áreas do conhecimento,
como a História, Sociologia, Geografia, Arte, Língua Portuguesa entre outras, numa perspectiva transversal e
interdisciplinar, ampliando, dessa forma, a visão do significado histórico-social dessa manifestação.
Ressaltamos, ainda, a vinculação da capoeira com os princípios e
eixos da proposta pedagógica
do Programa Todos pela Escola e as Diretrizes Curriculares
Nacionais para as Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História
e Cultura Afro-Brasileira e Africana, que consideram a cultura como a grande matriz do conhecimento,
assegurando o trato e o respeito à diversidade
étnico-racial e cultural, consoante a Lei nº. 11.645, de 10 de
março de 2008, alterando a “Lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no
10.639, de 9 de janeiro de 2003,
que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, para incluir
no currículo oficial da rede de ensino
a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
Eixo 5 - Esporte, Competição e Cidadania
Possibilidades Metodológicas do Eixo 5 Esporte, Competição e Cidadania
Deverão ser abordados e cultivados a ampliação
de
referências
sobre
o
esporte
contemporâneo e suas práticas
no âmbito educacional, de lazer, de treino
competitivo de alto rendimento e de espetáculo; esportes
tradicionais das comunidades de diferentes origens étnicas e territoriais,
esportes de quadra, de campo, individuais, coletivos, de espetáculos, e olímpico, paraolímpicos, popular, e outros. Por exemplo – futebol de campo, futsal, de praia; futevôlei,
voleibol, basquete, handebol, saltos em distância, altura e triplo, triatlon,
arremessos, lançamentos, disco, peso, dardo, pelotas, peteca,
baleado, etc.
Eixo 6 - Dança, Expressão
Corporal e Arte
Possibilidades Metodológicas do Eixo 6 Dança,
Expressão Corporal e Arte
A dança é uma expressão representativa de diversos aspectos
da vida do ser humano e
pode ser
considerada como linguagem social que permite a transmissão de sentimentos,
emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes,
hábitos, da saúde, da guerra etc.
Para o ensino da dança, sejam elas folclóricas, populares,
clássicas, de salão, de rua, criativas, livre, do ventre, regionais, nacionais, internacionais, há
que se considerar que o seu aspecto expressivo
se confronta, necessariamente, com a formalidade da técnica para sua execução, o que pode
vir, muitas vezes, a esvaziar
o aspecto verdadeiramente expressivo. Nesse sentido, deve-se entender que a dança como arte não é uma transposição da vida, senão sua representação
estilizada e simbólica. Mas, como arte, deve encontrar os seus fundamentos na própria
vida, concretizando-se numa expressão dela e não numa produção acrobática. Na dança, são determinantes as possibilidades
expressivas de cada estudante,
o que exige habilidades corporais que, necessariamente, se obtêm com o treinamento. Em certo sentido, esse é o aspecto mais complexo do ensino da dança na escola:
a decisão de ensinar gestos e movimentos técnicos, prejudicando a expressão espontânea, ou de imprimir, no estudante, um determinado
pensamento/sentido/intuitivo da dança
para favorecer o surgimento da
expressão espontânea, abandonando a formação técnica necessária à
expressão certa.
O recomendável é a escolha
de uma disponibilidade corporal, no sentido da apreensão de variadas habilidades de execução/expressão de diferentes tipos de danças,
inicialmente, sem ênfase nas
técnicas formais, para permitir a expressão desejada sem deturpar o verdadeiro
sentido nelas implícito. O desenvolvimento da técnica formal deve ocorrer
paralelo ao desenvolvimento do pensamento abstrato,
pois este permite a compreensão clara do significado da dança e da
exigência expressiva nela contida. Isso é válido se considerarmos que a técnica
não pode separar-se das motivações psicológicas, ideológicas, sociais do
executante, da simbologia que produz,
da utilização que faz das suas possibilidades corporais e da consciência que tem dos “outros”
a quem comunica.
É necessário, todavia, considerar que algumas
formas de dança utilizam
símbolos próprios das culturas
a que pertencem, o que as tornam de difícil compreensão e interpretação. Portanto, é recomendável uma abordagem
de totalidade na qual as diferentes disciplinas podem contribuir a partir dos
diferentes campos de conhecimento. Assim, assegura-se aos
estudantes a possibilidade de reconhecimento e compreensão do universo
simbólico que a dan |
AVISO ANI
FUNDAMENTAL
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Proposta Curricular - 6º ao 9º ano Linguagens
Marcadores:
ORIENTAÇÕES CORRICULARES
ORIENTAÇÃO CURRICULARES
BREVE?
Marcadores:
ORIENTAÇÕES CORRICULARES
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
GESTORA PARA O QUADRIÊNIO 2016 A 2020 - PROFESSORA ELZANIR
Fotos da passe da Gestora da Escola Raimundo Gomes de Oliveira Professora Elzanir P. Costa. Para o quadriênio de 20116 a 2020.
'
VOLTA AS AULA DOS ALUNOS DA TARDE SÓ ENTUSIASMO.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
HOJE A PARTIR DAS 18:30 NAS DEPENDÊNCIA DA ESCOLA RAIMUNDO GOMES DE OLIVEIRA INICIA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA TODOS OS PROFESSORES DA EJA DE TODOS OS SEGUIMENTOS.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. 04, DE 13 DE ABRIL DE 2004. Estabelece Diretrizes Administrativas e Pedagógicas no âmbito das Escolas da Rede Estadual de Ensino
Governo do Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. O4, DE 13 DE ABRIL DE 2004.
Rio Branco, abril de 2004.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
2
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. 04, DE 13 DE ABRIL DE 2004.
Estabelece Diretrizes Administrativas e Pedagógicas
no âmbito das Escolas da Rede Estadual de Ensino.
Título I
Fundamentação Legal
O Secretário de Estado de Educação, no uso das atribuições que lhe confere o inciso
II do artigo 86 da Constituição Estadual e;
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer diretrizes administrativas e
pedagógicas no âmbito das escolas da rede estadual de ensino.
Resolve determinar.
Art. 1º - A presente Instrução Normativa foi elaborada em observância aos preceitos
da Lei Complementar Estadual nº 39/93 – Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado
do Acre, da Lei nº 9394/96 – das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, da Lei nº
1.513/03 – Da Gestão Democrática do sistema de ensino público do Estado do Acre e das
Diretrizes e Normas do Conselho Estadual de Educação.
Título II
Da Organização Pedagógico-Administrativa
Art 2º - A Lei 1.513/03 estabelece que a organização pedagógico - administrativa das
unidades de ensino é constituída pelo Conselho Escolar e pelo diretor da escola.
Parágrafo Único - Além do Conselho Escolar e do diretor, a escola deverá contar
com:
a) Um coordenador de ensino;
b) Um coordenador administrativo;
c) Coordenadores pedagógicos por turno;
d) Corpo docente
e) Apoio administrativo.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
3
Capítulo I
Do Conselho Escolar
Art 3º - O Conselho Escolar constitui-se no órgão deliberativo máximo da escola
respeitando, na sua constituição, representatividade e atribuições, os princípios e diretrizes
da Lei Estadual de Gestão Democrática do Sistema de Ensino Público do Estado do Acre nº
1.513/03.
Capítulo II
Do diretor das Unidades de Ensino
Art. 4º - As atribuições do diretor da unidade de ensino estão definidas na Lei
1.513/03 e devem ser exercidas em consonância com o Conselho Escolar.
Parágrafo Único – Nos casos de afastamentos previstos na Lei nº 39/93, o
coordenador de ensino responderá pela direção da unidade de ensino.
Capítulo III
Do Coordenador Administrativo
Art. 5º – O coordenador administrativo atua como um gerente das condições
materiais para o funcionamento da escola e sua ação se dá em três dimensões:
I - Planejamento, aplicação e prestação de contas dos recursos financeiros recebidos
pela escola e manutenção do espaço físico.
II - Organização de documentação da escola e do aluno;
III – Composição e acompanhamento da assiduidade e freqüência do quadro de
pessoal da escola.
§ 1º - Na dimensão do planejamento, aplicação e prestação de contas dos recursos e
manutenção do espaço físico das escolas, cabe ao coordenador administrativo:
a) Definir juntamente com o diretor e o coordenador de ensino, o plano semestral de
aplicação dos recursos recebidos pela unidade de ensino, em consonância com o
plano de desenvolvimento da escola aprovado pelo Conselho Escolar;
b) Realizar os procedimentos relacionados às compras, pagamentos e
armazenamento dos materiais adquiridos, respeitando a legislação vigente;
c) Fazer a prestação de contas semestral dos recursos recebidos pela escola,
respeitando a legislação vigente;
d) Fornecer mensalmente, relatórios ao diretor, ao Conselho Escolar e à comunidade,
sobre a aplicação dos recursos e as ações previstas para serem executadas no
PDE;
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
4
e) Exercer a função de tesoureiro do Conselho Escolar;
f) Realizar vistorias semanais no espaço físico da escola, visando sua manutenção,
conservação e limpeza mantendo o diretor integralmente informado;
§ 2º - No âmbito da documentação da escola e do aluno, o coordenador administrativo
deverá:
a) Manter organizado o arquivo de documentação da escola (Decreto de Criação,
Resolução de autorização e reconhecimento, Regimento Interno, Projeto
Pedagógico, planos e projetos e outros relacionados à vida da escola);
b) Manter organizadas e atualizadas as pastas com a documentação pessoal e vida
escolar dos alunos;
c) Fornecer informações sobre a escola e a vida escolar dos alunos, de conformidade
com as normas vigentes;
d) Expedir e assinar, juntamente com o diretor, históricos escolares, certificados e
diplomas;
e) Coordenar as matriculas na unidade de ensino em consonância com as diretrizes
da SEE.
§ 3º - No que se refere a composição e acompanhamento da assiduidade do quadro
de pessoal da escola, compete ao coordenador administrativo:
a) Organizar o quadro de pessoal da escola, em consonância com esta Instrução
Normativa;
b) Controlar, diariamente, a freqüência do quadro de pessoal informando ao diretor os
casos de ausência, sem a devida justificativa legal;
Capítulo IV
Do Coordenador de Ensino
Art. 6º – A ação do Coordenador de Ensino tem como foco a aprendizagem do
aluno e ocorrerá em três dimensões:
I - Diagnose – leitura da realidade do ensino na escola.
II -Intervenção – atuação planejada e sistemática sobre a realidade.
III - Proposição – projeção para o desenvolvimento da escola a partir das metas
alcançadas.
§ 1º - Na dimensão da diagnose o coordenador de ensino tem como atribuições:
a) Utilizar os dados disponíveis (Censo Escolar, Regimento Interno, Projeto
Pedagógico, avaliação do SAEB, avaliações da SEE, avaliações realizadas pela
escola, PDE e outros) para construir as informações sobre a realidade do ensino
na escola, semestralmente;
b) Identificar, bimestralmente, as áreas críticas para a intervenção;
c) Destacar, bimestralmente, as áreas em que a escola atua bem para potencializálas;
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
5
d) Construir canais de comunicação com o coordenador administrativo e coordenador
pedagógico para atuação de forma compartilhada;
e) Apresentar, bimestralmente, ao diretor e Conselho Escolar o diagnóstico da
realidade do ensino na escola para a tomada de decisões.
§ 2º - No âmbito da intervenção, o coordenador de ensino deverá:
a) Assessorar o diretor da escola na construção do projeto pedagógico na unidade de
ensino e na construção de pactos com a comunidade escolar para definir formas
de atuação sobre os problemas detectados;
b) Coordenar, dentro de sua área de competência, a execução do plano de ação da
unidade de ensino;
c) Assessorar e solicitar relatórios bimestrais dos responsáveis pelas ações
planejadas;
d) Avaliar o desenvolvimento das ações planejadas;
e) Apresentar, semestralmente, ao diretor e à comunidade escolar o resultado das
ações.
§ 3º - No âmbito da proposição o coordenador de ensino deverá:
a) Fazer anualmente projeção para ações futuras de melhoria do ensino, com base
na análise dos resultados do ano anterior;
b) Decidir juntamente com o diretor, coordenador administrativo e coordenador
pedagógico metas e ações visando à qualidade do ensino, a serem pactuadas com
a comunidade escolar;
c) Levar ao conhecimento da SEE, através do diretor, propostas inovadoras de
melhoria da qualidade do ensino, que requerem apreciação ou assessoramento
técnico mais especializado.
Capítulo V
Do Coordenador Pedagógico
Art. 7º – Exercerá a função de coordenador pedagógico o professor com licenciatura
plena, prioritariamente, com formação em pedagogia ou especialização na área de
educação, do quadro permanente da SEE com, no mínimo, 5 (cinco) anos de efetivo
exercício no magistério.
Parágrafo Único: Excepcionalmente, em escolas de zona rural ou municípios de
comprovada carência de pessoal com habilitação poderá exercer a função de coordenador
pedagógico profissionais com formação em magistério de nível médio.
Art. 8º – O coordenador pedagógico, sob a orientação do coordenador de ensino
deverá:
I - Observar e analisar a realidade do ensino na sala de aula no que se refere:
a) Rotina pedagógica na sala de aula (seqüência de ensino, avaliação,
tempo escolar);
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
6
b) Cumprimento dos dias e carga-horária letiva
c) Execução das ações planejadas
d) Utilização de recursos didáticos, tecnológicos e físicos;
e) Freqüência dos alunos;
f) Implementação em sala de aula das competências trabalhadas nas
formações e capacitações
II - Atuar junto aos professores do turno, para o cumprimento das ações
construídas com o coordenador de ensino e pactuadas na comunidade escolar, de
modo a:
a) Garantir a execução do planejamento do professor, com base nos
resultados da escola, nos referenciais curriculares da SEE e legislação
vigente;
b) Assegurar a implementação da avaliação da aprendizagem na forma do
Parecer 15, de 28 de maio de 2001, do Conselho Estadual de Educação;
c) Estabelecer, juntamente com os professores, estratégias de recuperação
para os alunos de menor rendimento;
d) Construir com o professor intervenções pedagógicas a partir da
observação em sala de aula e da análise compartilhada dos problemas
detectados.
III - Subsidiar o coordenador de ensino com dados e informações para a
construção de propostas de melhoria da qualidade do ensino, através de:
a) Resultados bimestrais, aprovação, reprovação e abandono, por série, turma
e disciplinas;
b) Informações sobre os processos de ensino (planejamento, avaliação,
recuperação, cumprimento dos dias letivos e cargas horárias);
c) Resultados das ações pactuadas e desenvolvidas em sala de aula.
Capítulo VI
Do Corpo Docente
Art. 9º – Compete aos docentes lotados nas Unidades de Ensino:
I - Cumprir o que estabelece a Lei 9394/96 em seu artigo 13;
II - Estabelecer interação constante com o coordenador pedagógico e o
coordenador de ensino para juntos elaborar, construir e executar propostas, que
garantam a qualidade do ensino na escola;
III – Entregar até o quinto dia útil, após o fim de cada bimestre, o mapa de notas
e controle de presença dos alunos na secretaria da unidade de ensino.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
7
Capítulo VII
Do apoio administrativo
Art. 10 – O quadro de pessoal de apoio administrativo é constituído pelas seguintes
funções: agente administrativo, auxiliar escolar, vigia, servente e merendeira.
§ 1º - O agente administrativo tem por atribuição assessorar a equipe administrativa e
técnico-pedagógica em atividades relacionadas a digitação de material, serviço de
documentação, registro e arquivo, correspondência, laboratórios, sala de leitura, sala de
multimeios e outros, necessários ao bom funcionamento dos serviços escolares.
§ 2º - Compete ao auxiliar escolar, distribuir e recolher junto às salas de aulas o
material de uso diário, zelar pelos alunos quando estão nas dependências da escola e pelo
patrimônio escolar.
§ 3º - O servente está encarregado da limpeza das salas e dependências do
estabelecimento de ensino.
§ 4º - A merendeira tem como atribuição o preparo da merenda escolar e sua
distribuição aos alunos, bem como fazer a limpeza e manter a organização geral da cantina;
§ 5º - O vigia deve zelar pelo prédio e mobiliário nas dependências da unidade de
ensino a fim de evitar incidentes que possam causar danos ou até a perda do patrimônio
escolar.
§ 6º - O responsável pela sala de leitura tem como atribuições: registro e catalogação
dos livros, organização do fichário dos usuários, controle dos empréstimos, apoio ao
professor regente de sala de aula e aos alunos durante as atividades pedagógicas
desenvolvidas na sala de leitura.
Art. 11- O quadro de pessoal técnico administrativo é constituído pelas seguintes
funções:
I - Técnico em gestão escolar com habilitação em secretariado escolar.
II - Técnico em gestão escolar com habilitação em multimeios didáticos.
III - Técnico em gestão escolar com habilitação em infra-estrutura
Título III
Da remuneração dos coordenadores de ensino e administrativo
Art. 12 - A remuneração do coordenador de ensino obedecerá a tipificação das
escolas e será composta da seguinte forma:
I - Professor com dois contratos com a SEE, ficará a disposição de ambos para o
exercício da função, sem direito a gratificação;
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
8
II – Professor com licenciatura plena com um contrato com a SEE receberá
gratificação de acordo com a tipificação das escolas:
a) Escola do tipo B – R$ 600,00
b) Escola do tipo C – R$ 700,00
c) Escola do tipo D – R$ 800,00.
III – Professor com formação de nível médio em magistério com um contrato com a
SEE receberá gratificação de acordo com a tipificação das escolas:
a) Escola do tipo B – R$ 400,00
b) Escola do tipo C – R$ 500,00
c) Escola do tipo D – R$ 600,00
Art. 13 - A gratificação do coordenador administrativo será composta da seguinte
forma:
I – Tabela de 40 horas cumulativa com pagamento de dedicação exclusiva.
Título IV
Organização Didático – Pedagógica
Capítulo I
Da matrícula
Art. 14 – A matrícula nos estabelecimentos de Ensino Estadual obedecerá ao que
dispõe a Resolução CEE nº 02/2000 e assim será caracterizada:
I. Inicial
II. Renovada
III. Com dependência
IV. Por transferência
V. Por reclassificação / independente de escolarização.
§ 1º - A matrícula é inicial quando é feita no início do ano letivo em todos os níveis de
ensino.
§ 2º - Será garantida a matrícula inicial de 1ª a 4ª série ao aluno em distorção idadesérie,
dentro do limite de idade de 7 a 14 anos.
§ 3º - Fica a escola encarregada de oferecer aos alunos em distorção, condições
pedagógicas para o prosseguimento de seus estudos na série, implantando regime diferente
do adotado para os alunos em idade regular, quanto aos seguintes aspectos:
a) Programação
b) Calendário escolar
c) Critérios de promoção e avaliação
d) Tipos de atividades didáticas
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
9
§ 4º - A criação de classes ou programas especiais de aceleração será objeto de
planejamento prévio pelas Gerências de Ensino Fundamental e Médio em conjunto com as
unidades escolares, para posterior encaminhamento ao CEE, com objetivo de análise e
aprovação.
§ 5º - As salas de classes ou programas especiais deverão funcionar nos
estabelecimentos de ensino com uma clientela de no mínimo 10 alunos.
§ 6º - A matrícula é renovada quando o aluno estiver cursando, no mesmo
estabelecimento de ensino, período letivo imediatamente anterior ou quando voltar a cursar
no mesmo estabelecimento, após interrupção de estudos (desistência ou repetência).
§ 7º - A matrícula com Dependência (Progressão Parcial) ocorre quando o aluno
passa a cursar a série seguinte mesmo não tendo sido aprovado em todos os componentes
curriculares da série anterior, observando-se as exigências e critérios constantes da
Resolução CEE 02/2000.
§ 8º - A matrícula por Transferência ocorre quando o aluno vier de um
estabelecimento de ensino para outro, dentro do mesmo grau e também de um turno para
outro.
§ 9º - A transferência de uma unidade escolar para outra, far-se-á pelos conteúdos da
Base Nacional comum do currículo.
§ 10º – A matrícula por Reclassificação / Independente de Escolarização ocorre
quando a escola utiliza o processo de Reclassificação para reposicionar, no ato da matrícula,
o aluno na série, ciclo, período ou outra forma de organização de ensino adotada pela
escola, diferente daquela indicada no seu histórico escolar, podendo ser beneficiários:
a) Alunos que apresentem rendimento escolar superior ao exigido na série, ciclo ou
outra forma de organização adotada na escola, de origem;
b) Alunos sem a devida documentação: por ausência ou por extravio;
§ 11 – A escola procederá a reclassificação do aluno mediante processo de avaliação,
efetuado por uma comissão examinadora, instituída pela própria escola para esse fim, com
observância das normas gerais pertinentes à matéria, constantes da Resolução CEE nº.
02/2000 e Parecer nº 15/2000.
Capítulo II
Da avaliação
Art. 15 - A avaliação do rendimento escolar, de responsabilidade da escola, será
realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática, com prevalência dos aspectos
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
10
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais.
§ 1º - A avaliação da aprendizagem dos alunos, em cada um dos quatro bimestres
que compõem o ano letivo, terá a seguinte orientação;
a) 1º Bimestre:
- recuperação paralela;
- avaliação bimestral ;
- 7 (sete) como nota mínima aceita como padrão de qualidade;
- 5 (cinco) como nota mínima aceita como padrão classificatório (mínimo para
aprovação).
b) 2º Bimestre
- recuperação para os alunos que não atingiram o padrão mínimo de qualidade
da aprendizagem no 1º bimestre;
- avaliação para os alunos que não atingiram o padrão mínimo de qualidade;
- recuperação paralela;
- avaliação para a nota do 2º bimestre.
c) 3º Bimestre:
- recuperação do 2º bimestre
- avaliação para os alunos que não atingiram o padrão mínimo no 2º bimestre;
- recuperação paralela;
- avaliação para a nota do 3º bimestre.
d) 4º Bimestre
- recuperação do 3º bimestre
- avaliação para os alunos que não atingiram o padrão mínimo no 3º bimestre.
- recuperação paralela.
- avaliação para a nota do 4º bimestre.
- recuperação para os alunos que não atingiram o padrão mínimo no 4º
bimestre.
- avaliação para os alunos que não atingiram o padrão mínimo no 4º bimestre.
Art. 16 – Concluídos os quatros bimestres do ano letivo, será calculada a média
aritmética simples das notas obtidas em todos os bimestres, sendo considerado aprovado o
aluno que tiver obtido, no mínimo, a média 5,0 (cinco).
Art. 17 – Fica vetado à escola adotar, como forma de premiação, a concessão de
notas ao aluno por atividades desenvolvidas não pertinentes aos conteúdos e atividades
programáticas do currículo do Ensino Fundamental e Médio, bem como fica vetado ao
professor adotar, como forma de punição, diminuir a nota conquistada pelo aluno como fruto
de sua aprendizagem.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
11
Art. 18 – O dia destinado às provas bimestrais deverá ser um dia de aula normal, e o
aluno não deverá ser dispensado de suas atividades escolares.
Art. 19 – Em cada turma deverão ser aplicadas no máximo duas provas por dia, seja
bimestral ou de recuperação.
Capítulo III
Da Recuperação
Art. 20 – A recuperação, como parte do processo de avaliação da aprendizagem
escolar, deve ser entendida como orientação periódica e contínua de estudos e criação de
novas situações de aprendizagem para assegurar ao aluno a aquisição do padrão mínimo,
definido como satisfatório para a garantia da qualidade e do sucesso, expresso na nota 7
(sete).
§ 1º - Submeter-se-ão aos estudos de recuperação os alunos que na avaliação da
aprendizagem, de cada bimestre letivo, não alcançaram o padrão mínimo de qualidade,
expresso na nota 7 (sete).
§ 2º - Esgotadas as possibilidades de recuperação oferecidas no exercício das
atividades curriculares do ano letivo, nova chance de avaliação, em até dois componentes
das áreas de conhecimento do currículo escolar, deverá ser dada ao aluno, no retorno do
recesso escolar.
§ 3º - Quando a nota ou conceito que o aluno obtiver no processo de recuperação for
inferior às notas ou conceitos já obtidos, o processo de recuperação deverá ser revisto.
§ 4º - Os critérios e as condições necessárias para a efetivação dos estudos de
recuperação, no decorrer do processo de ensino e aprendizagem, deverão ser disciplinados
nos regimentos escolares das instituições de ensino, de acordo com a legislação vigente.
Capítulo IV
Da Freqüência
Art. 21 – A freqüência passa a ser apurada sobre o total da carga horária do período
letivo, ou seja, de 800 horas.
§ 1º - O limite de faltas não poderá ultrapassar 25% do total das 800 horas letivas.
§ 2º - No início do ano letivo, os alunos e os pais deverão ser informados sobre o que
estabelece a LDB e as normas do CNE, CEE no que se refere à freqüência.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
12
§ 3º - A ausência do aluno não influirá na apuração de seu rendimento por disciplina,
matéria ou por qualquer outra forma de organização do currículo escolar, mas, no cômputo
geral da carga horária do período letivo.
§ 4º - Antes que o aluno atinja o total máximo de faltas previsto em lei, cabe à escola
comunicar aos pais ou responsáveis.
§ 5º - Na hipótese de o aluno faltar mais de 25% das aulas de um determinado
componente curricular, ele terá direito às aulas de recuperação e avaliação que forem
oferecidas na época estipulada e programada para os demais alunos, desde que as faltas
não ultrapassem os 25% da carga horária total de 800 horas.
Capítulo V
Do Currículo
Art. 22 – A organização curricular do Ensino Fundamental e do Ensino Médio incluirá
a Base Comum Nacional a ser complementada por uma parte diversificada que a
contextualize, cabendo à escola incluir até dois componentes curriculares, de acordo com
suas necessidades e relevância social desses componentes.
§ 1º - Quando da definição da parte diversificada do currículo, a escola deverá ouvir a
comunidade na qual está inserida a fim de que sejam contempladas, no currículo escolar,
suas necessidades e expectativas.
§ 2º - Conteúdos como: Educação Sexual, Educação ambiental, Educação para o
Trânsito, Ética e outros relativos à difusão de valores de interesses sociais, devem ser
tratados como temas transversais e não como disciplinas específicas.
Art. 23 - As instituições de Ensino Fundamental, de Ensino Médio e de Educação
Infantil, elaborarão os seus currículos plenos observando:
a) Os referenciais curriculares da SEE para a Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e EJA;
b) Normas para a Educação Infantil contidas na Resolução nº 06/98 do CEE.
c) Normas complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental e Ensino Médio conforme Resoluções nºs 08/98 e 11/2000 do
CEE.
d) A Educação Física, enquanto componente curricular obrigatório da Educação
Básica.
e) Os referenciais curriculares e as diretrizes sobre a prática de Ensino Religioso
nas escolas de Ensino Fundamental de conformidade com o Parecer nº 09/99
do CEE.
f) As diretrizes para estrutura e organização da Educação Básica para as
comunidades indígenas, enquanto um processo diferenciado, específico,
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
13
intercultural e bilíngüe conforme Resolução nº 03/99 do CNE, Parecer nº 16/99 e
Deliberação nº 02/99 do CEE.
g) As diretrizes para a Educação Especial, a legislação e normas vigentes.
Art. 24 – Os componentes curriculares com suas respectivas cargas-horárias
referentes ao Ensino Fundamental e Ensino Médio, constituem-se em parte integrante desta
Instrução Normativa e estão apresentados em anexo.
Capítulo VI
Do Regimento Escolar
Art. 25 – Os estabelecimentos de Ensino Fundamental e Ensino Médio nos termos da
LDBEN de nº 9394/96 e Resolução do CEE de nº 12/98, terão um regimento Interno que
regulará sua organização administrativa e didático-disciplinar.
Art. 26 – A elaboração do Regimento Escolar é de competência da direção da escola,
juntamente com seu corpo técnico-pedagógico, Conselho Escolar, organização discente e
instituições complementares.
Art. 27 – O Regimento Interno da escola deverá ser enviado à Secretaria de Estado
de Educação para análise e posterior encaminhamento ao Conselho Estadual de Educação
para emissão de parecer e aprovação.
Art. 28 – Qualquer alteração no Regimento Escolar deverá ser enviada à SEE e ao
CEE para a devida aprovação.
Art. 29 – Para elaboração de seus Regimentos Escolares as instituições de ensino
deverão levar em consideração os Pareceres CEE nº 08/98, 09/98 e 05/2000 e as
Resoluções CEE nº 06/98, 08/98, 02/2000, 06/2000, 08/2000, 10/2000 e 11/2000, bem como
a presente Instrução Normativa e o Regimento Referencial para as Escolas Públicas
expedido pela SEE.
Capítulo VII
Do Credenciamento e Reconhecimento
Art. 30 – O funcionamento dos estabelecimentos de Ensino de Educação Básica do
Estado do Acre depende do ato de credenciamento expedido pela Secretaria de Estado de
Educação e do reconhecimento pelo Conselho Estadual de Educação, nos termos da
Resolução CEE nº 01/2000.
Art. 31 – Para obter o credenciamento e o reconhecimento, as instituições de ensino
devem encaminhar pedido à Secretaria de Estado de Educação, instruído com as
orientações constantes da Resolução citada no artigo anterior.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
14
Art. 32 – Atendidas às exigências legais, a SEE encaminhará o processo, com o
devido laudo de credenciamento, ao Conselho Estadual de Educação para análise e
expedição do parecer de reconhecimento.
Art. 33 – As escolas de educação Básica deverão habilitar-se ao credenciamento
sistemático de quatro em quatro anos, ou antes, se alguma mudança se operar na estrutura
e organização administrativo-pedagógica da instituição de ensino.
Capítulo VIII
Do Projeto Pedagógico
Art. 34 – É de competência das instituições de ensino a elaboração de seu Projeto
Pedagógico, entendido como o documento básico da escola que configura a organização do
trabalho pedagógico como um todo, sendo fruto de um trabalho compartilhado por todos os
segmentos da unidade escolar.
Art. 35 – As unidades de ensino ao elaborarem e executarem seus projetos deverão
assegurar, na forma da Lei, o respeito ao pluralismo de idéias, de concepções pedagógicas,
desde que não se sobreponham aos consensos construídos durante o seu processo de
elaboração, e das ações que representam o efetivo trabalho escolar, observando, também,
as orientações gerais constantes nas Resoluções CEE nº 06/98, 08/98 e 11/2000.
Capítulo IX
Do Ano Letivo e Carga Horária
Art. 36 – A carga horária mínima anual de efetivo trabalho escolar é de 800 horas,
distribuídas por, no mínimo, 200 dias letivos.
Art. 37 – Entende-se por aula as atividades devidamente programadas e relacionadas
a cada área de conhecimento, realizadas no espaço físico da sala de aula ou fora dele com a
presença do professor e dos alunos.
Art. 38 – A hora/aula, para efeito de cumprimento do preceito legal de 800 horas,
corresponde a 60 minutos.
Parágrafo Único: Na organização de ensino semestral a hora aula será de 50
minutos, garantindo o cumprimento mínimo das 800 horas anuais e dos 200 dias letivos.
Art. 39 – No ensino noturno a distribuição da carga horária diária deve atender às
peculiaridades da clientela sem, contudo, reduzir a carga horária e ano letivo previstos na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional vigente.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
15
Art. 40 – A carga horária do professor obedecerá ao que dispõe as Diretrizes
Nacionais para a carreira e Remuneração do Magistério Público e a Lei Complementar
Estadual nº 067 de 20 de junho de 1999, assim distribuída:
§ 1º - O professor de Educação Infantil e de 1a a 4a série do Ensino Fundamental
dedicará 20 horas à sala de aula e as horas restantes estabelecidas no contrato serão
destinadas às atividades de estudo e planejamento na unidade de ensino.
§ 2º - O professor de 5a a 8a série do Ensino Fundamental e de todas as séries do
Ensino Médio com contrato de 30 horas semanais, dedicará carga horária semanal, em sala
de aula, de acordo com os seguintes critérios:
a) Excepcionalmente para os professores do primeiro provimento na carreira
regulamentada pela Lei 067/99, de carga horária de 16 (dezesseis) horas
semanais, exceto para os que trabalharem com disciplinas de um encontro
semanal que poderão ter, no mínimo, dez e, no máximo, doze turmas.
b) O professor de 5a a 8a série do Ensino Fundamental e de todas as séries do
Ensino Médio, dedicará 2,5 hora de atividades na escola e o restante de livre
escolha.
c) O professor de 5a a 8a série do Ensino Fundamental e de todas as séries do
Ensino Médio, com contrato de 15 (quinze) horas semanais, dedicará 12 (doze)
horas à sala de aula e 3 (três) horas de atividades, sendo 1 (uma) hora
dedicada à escola e 2 (duas) de livre escolha.
d) A carga horária destinada a hora atividade será utilizada pelo professor para
planejamento e avaliação do trabalho didático, participação em reuniões
pedagógicas semanais, encontros ou cursos de aperfeiçoamento profissional
promovidos pela escola ou pela SEE.
e) Para o cumprimento dos critérios de distribuição de carga horária, definidos na
letra A do segundo parágrafo do artigo 40, os professores das disciplinas de um
encontro semanal que não completarem a carga horária devida, deverão
complementar numa outra unidade escolar.
f) Quando a carga horária da disciplina exceder e o professor precisar ultrapassar
sua jornada de trabalho, não havendo possibilidade para lotação de mais de um
professor, poderão ser pagas aulas complementares de no máximo 12 (doze)
horas aulas.
Título V
Do Quadro de Servidores
Art. 41 – A lotação de professores para as escolas é exclusiva para a sala de aula.
§ 1º - Nas unidades de ensino não é permitida a lotação de professor habilitado ou
especialista em setores como: sala de leitura e Biblioteca, não podendo, também, os
referidos profissionais serem designados para trabalhar na operacionalização de
computadores, operadores de vídeo e gravações do programa de TV Escola, ou ainda, como
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
16
agentes de saúde, exceto os portadores de laudo médico com afastamento definitivo de sala
de aula.
§ 2º - Nas salas de Leitura ou Bibliotecas, a dinamização das atividades pedagógicas
será realizada pelos próprios professores das salas de aula, nos horários a eles destinados,
utilizando os recursos bibliográficos de acordo com o seu planejamento e as necessidades
de seus alunos.
Art. 42 – A lotação de professores da Educação Infantil será de 01 (um) por sala de
aula.
§ 1º - Os parâmetros para distribuição de alunos por sala na Educação Básica,
decorrerão das especificidades da proposta pedagógica, obedecendo ao que dispõe o
Parecer CEE nº 02/97, as Resoluções CEE nº 06/98 e 08/98, com a seguinte distribuição:
a) Educação Infantil, máximo de 25 alunos por sala.
b) 1a série do Ensino Fundamental, máximo de 30 alunos por sala.
c) 2a á 4a série do Ensino Fundamental, máximo de 35 alunos por sala.
d) 5a a 8a série do Ensino Fundamental e Ensino Médio, máximo 40 alunos.
e) Nas salas de inclusão o numero máximo de alunos será de 25 alunos para o
ensino fundamental e 35 alunos para o ensino médio.
§ 2º - Nas salas de Educação Infantil poderão funcionar duas turmas com um mínimo
de 20 e um máximo de 25 alunos, ocupando alternadamente o espaço da sala de aula e
desenvolvendo atividades em outros espaços da escola.
§ 3º - A lotação de professores da Educação Especial será feita observando-se ás
seguintes especificações:
I – Escolas Especiais:
a) Estimulação precoce/ programa especial: *
- 01 (um) professor para sala de estimulação / programa especial.
b) Educação Infantil:
- 01 professor para cada turma de 04 (quatro) a 08 (oito) alunos.
* - São considerados programas especiais aqueles que, uma vez justificados pela
modalidade de atendimento, tenham obtido parecer técnico favorável da GEESP, com a
devida regulamentação.
c) 1a e 2a séries do Ensino Fundamental:
01 (um) professor para cada turma de 05 (cinco) a 10 (dez) alunos:
d) 3a e 4a séries do Ensino Fundamental:
01 (um) professor para cada turma de 06 (seis) a 12 (doze) alunos.
e) Ensino Profissionalizante:
01 (um) professor para cada turma de 10 (dez) a 15 (quinze) alunos.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
17
II – Classes Especiais:
01 professor para cada turma de 08 (oito) a 15 (quinze) alunos.
III – Classes Hospitalares:
01 professor para cada 10 alunos.
IV – Ensino Itinerante / Programas Especiais:
a) Educação infantil e 1a a 4a séries do Ensino Fundamental:
01 (um) professor itinerante para cada 03 (três) escolas onde houver aluno portador
de necessidades educativas especiais incluídas.
b) 5a a 8a série do Ensino Fundamental e Ensino Médio:
01 (um) professor por disciplina para cada 04 (quatro) escolas onde houver aluno
integrado.
Art. 43 – Não haverá na escola, coordenador específico para os estudos de Educação
Ambiental.
§ 1º - Os conteúdos referentes à Educação Ambiental serão desenvolvidos como
temas transversais e distribuídos nas diversas disciplinas do currículo.
Art. 44 – O coordenador pedagógico, sob a orientação do coordenador de Ensino,
atuará na coordenação de atividades pedagógicas do turno em que estiver lotado e sua
lotação nas unidades escolares será feita de acordo com os seguintes critérios:
a) Nas escolas que tenham de 101 a 400 alunos haverá 1 (um) coordenador de
ensino, ou a unidade de ensino poderá optar por dois coordenadores
pedagógicos sem direito a gratificação.
b) Nas escolas que tenham de 401 a 600 haverá um coordenador de ensino e um
coordenador pedagógico para a escola.
c) Nas escolas que tenham de 601 a 1500 alunos haverá um coordenador de
ensino e um coordenador pedagógico por turno de funcionamento.
d) Nas escolas que tenham acima de 1500 alunos haverá um coordenador de
ensino e dois coordenadores pedagógicos por turno
Parágrafo Único: a lotação de um coordenador pedagógico no turno da noite, nas
escolas que tenham de 601 a 1500 alunos só será permitida caso as unidades de ensino
funcionem com matrículas igual ou superior a 60% de sua capacidade, independente da
modalidade de ensino que for oferecida. Caso tal requisito não seja cumprido, a SEE indicará
um coordenador itinerante que fará o acompanhamento do terceiro turno por regional.
Art. 45 – As unidades de ensino contarão com um quadro de auxiliar escolar
destinado ao suporte de atividades administrativas diversas e sua lotação obedecerá aos
seguintes critérios:
a) Nas escolas do tipo B e C haverá dois auxiliares por turno de funcionamento.
b) Nas escolas do tipo D haverá três auxiliares por turno de funcionamento.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
18
Art. 46 – Para efeito de lotação de serventes nas escolas, observar-se-á a proporção
de 01 (um) servente por 02 salas de aula por turno.
§ 1o - Espaços onde funcionem laboratórios, auditórios, salas de vídeo e sala de
multimeios devem ser consideradas como salas de aula.
Art. 47 – As unidades de ensino contarão com um quadro de auxiliar de secretaria
destinado ao suporte de atividades administrativas diversas e a lotação dos servidores. Esta
função observará os seguintes critérios:
a) Nas escolas com até 100 alunos, haverá um auxiliar de secretaria.
b) Nas escolas que tenham de 101 a 500 alunos matriculados haverá um auxiliar
por turno de funcionamento e um digitador/datilógrafo para a escola.
c) Nas escolas que tenham de 501 a 1000 alunos haverá dois auxiliares por turno
de funcionamento e dois digitadores/datilógrafos para a escola.
d) Nas escolas com mais de 1000 alunos haverá 3 (três) auxiliares por turno de
funcionamento e um digitador/datilógrafo por turno.
Art. 48 – A lotação de merendeira por turno de funcionamento nas unidades de
Educação Infantil e Ensino Fundamental levará em conta o número de alunos, na proporção
de uma merendeira por cada 100 alunos, observando o limite mínimo de uma e o máximo de
quatro por turno.
Art. 49 – O quadro das escolas contará com 03 (três) vigias.
Parágrafo Único – Em casos de excepcionalidade a SEE poderá lotar um número
superior a três vigias nas unidades de ensino.
.
Título VI
Da Lotação
Art. 50 – O servidor lotado numa unidade administrativa tem o prazo máximo de 72
horas, a contar da data de expedição do memorando, para se apresentar. Findo este prazo,
e não comparecendo à unidade escolar onde foi lotado, será automaticamente devolvido da
escola com o ponto cortado.
§ 1º - O memorando do servidor será emitido em duas vias, sendo uma delas
encaminhada à escola pela SEE.
Art. 51 – O servidor que foi lotado numa unidade administrativa para substituir outro
que entrou em gozo de férias, licença-prêmio, licença gestante e/ou outras, será reconduzido
ao Setor de Lotação quando do retorno do titular.
Art. 52 – O servidor pode pleitear mudança de lotação, desde que formalize pedido à
Gerencia de Pessoas da SEE, podendo concorrer às vagas existentes no início do ano letivo.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
19
Título VII
Da Devolução
Art. 53 – Os servidores das unidades escolares que não estejam cumprindo com suas
obrigações e/ou que tiverem faltas sucessivas ou freqüentes, não justificadas, prejudicando o
bom andamento dos trabalhos, já tendo sido advertidos oralmente e por escrito pelo diretor
da escola, deverão ser devolvidos, mediante exposição de motivos feita pelo diretor,
apreciada e acatada pelo Conselho Escolar.
§ 1º - Nas escolas onde não estiver ainda implantado o Conselho Escolar, a devolução
do servidor passará pela análise e parecer da Gerencia de Pessoas da SEE, com a
participação de um membro do SINTEAC.
§ 2º - Se o membro do SINTEAC convocado não comparecer, o da Gerencia de
Pessoas da SEE terá plena liberdade para deliberar sobre a devolução do servidor.
§ 3º - A devolução do servidor, por inobservância dos deveres profissionais, deverá
ser precedida, primeiramente, por advertência oral e, no caso de persistência do
descumprimento, por advertência escrita, assinada pelo diretor da escola ou da unidade
administrativa onde foi lotado. A referida advertência, assinada com o termo “Ciente” pelo
servidor deve ser anexada a sua pasta funcional.
§ 4º - A inobservância dos deveres profissionais implica em:
a) Advertência oral pela escola, num primeiro momento;
b) Advertência escrita pela escola na reincidência;
c) Devolução do servidor à SEE que procederá a suspensão sem ônus.
Título VIII
Das Penalidades
Art. 54 – O diretor é o representante legal da escola junto à SEE sendo
responsabilizado pelas falhas administrativas e pedagógicas.
Art. 55 – O diretor poderá exonerar de seus cargos, o coordenador de ensino e o
coordenador administrativo se estes não cumprirem com as funções que lhes foram
atribuídas nesta instrução normativa.
Art. 56 – O servidor em estágio probatório (24 meses) será avaliado quanto à
assiduidade, disciplina, capacidade, produtividade e responsabilidade pela unidade
administrativa onde estiver lotado, de acordo com os parágrafos 2º e 3º do artigo 24 da Lei
Complementar nº 39/93 e com a Orientação Normativa nº 1/95 da Secretaria de Estado do
Servidor e Patrimônio Publico.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
20
§ 1º - Constatada a ocorrência de fatos que comprometam a aprovação do servidor
em estágio probatório, o chefe da unidade administrativa cientificará o órgão central da SEE
para adoção das providências de que trata o artigo 24 da Lei nº 39/93 e as Diretrizes da
Orientação Normativa nº 1/95, da Secretaria de Estado do Servidor e Patrimônio Publico.
Art. 57 – O servidor com mais de 02 (dois) anos de exercício funcional ou em estágio
probatório, não se apresentando ao setor onde foi lotado no prazo previsto no artigo 50 do
título VI desta instrução, passará a ter o ponto cortado nas faltas e descontado dos seus
vencimentos.
§ 1º - Perdurando a ausência do servidor por 30 dias, caracterizando-se ausência
intencional sem justificativa (art. 188 da Lei nº 39/93), serão tomadas as providências
disciplinares pela autoridade administrativa de conformidade com o que estabelece o artigo
192 da Lei nº 39/93.
§ 2º - O servidor, já tendo sido advertido oralmente por inobservância dos deveres
profissionais, receberá a penalidade de suspensão por reincidência, de acordo com o artigo
100 da Lei nº 39/93.
§ 3º - Em caso de sublocação de serviços, a SEE abrirá processo de sindicância para
apurar os responsáveis pelo ocorrido, sendo aplicadas as penalidades cabíveis na legislação
vigente.
Título IX
Da Licença / Afastamento
Art. 58 – O servidor, ao solicitar Licença-Prêmio, deverá encaminhar a solicitação à
Gerência de Pessoas da SEE, através do Chefe do setor ou escola, se for lotado numa
unidade escolar.
Art. 59 – O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá
ultrapassar 10% da lotação do setor ou da escola.
Parágrafo Único – O chefe do setor ou diretor da escola providenciará a escala dos
servidores requerentes da licença-prêmio, de modo a respeitar o disposto no item anterior.
Art. 60 - Ao retornar de licença, nos casos de tratamento de saúde, licença-gestante,
acidente em serviço, doença em pessoa da família ou licença-prêmio, o servidor voltará ao
setor de origem para prestar serviços.
Art. 61 – Nos demais casos de afastamento, tais como: licença para tratar de
interesse particular, afastamento para o serviço militar, para estudar fora, exercer mandato
parlamentar, mandato classista, afastamento para acompanhar o cônjuge, disposição para
outro órgão ou Secretaria, o servidor deverá apresentar-se ao setor de Lotação da SEE para
concorrer às vagas existentes.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
21
Art. 62 – O servidor que necessitar de licença médica de até 15 dias, deverá
apresentar no local de trabalho, no prazo de 48 horas, atestado médico particular,
acompanhado de relatório. Em caso de necessidade, a Secretaria poderá convocar o
servidor para apreciação por uma junta médica.
Parágrafo Único – No caso de licença médica superior a 15 dias, o servidor será
encaminhado pela Gerencia de Pessoas à junta médica oficial, nos termos do artigo 108 da
Lei Complementar nº 39/93.
Art. 63 – O servidor não poderá ausentar-se de suas funções, por motivo de viagem
ou compromisso com outro vínculo empregatício, sem a prévia autorização do diretor da
escola ou chefe do setor. Caso contrário, a ausência caracterizar-se-á como falta injustificada
a ser descontada de seus vencimentos.
Art. 64 – O servidor que solicitar afastamento de suas funções por qualquer motivo,
exceto por licença médica, deverá aguardar o deferimento do processo no local de trabalho e
no exercício de suas funções.
Art. 65 – Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
22
COMPONENTES CURRICULARES - ENSINO FUNDAMENTAL
CARGA HORÁRIA DE 1a a 4a SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA SEMANAL SEMESTRAL ANUAL OBSERVAÇÃO
Português 5 100 200 Ano letivo: 200 dias 800 h/a
Matemática 5 100 200 4 horas diárias, 60 minutos, a h/a
História e Geografia 4 80 160
Ciências 4 80 160
Educação Religiosa 1 20 40
Educação Física 1 20 40
Artes 1 20 40
Total 21 420 840
CARGA HORÁRIA DE 5a a 8a SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA
5a Série 6a Série 7a Série 8a Série
Sema Seme Anual Sema Seme Anual Sema Seme Anual Sema Seme Anual
Língua Portuguesa 4 80 160 4 80 160 4 80 160 4 80 160
Matemática 4 80 160 4 80 160 4 80 160 4 80 160
História 3 60 120 3 60 120 3 60 120 3 60 120
Geografia 3 60 120 3 60 120 3 60 120 3 60 120
Ciências 3 60 120 3 60 120 3 60 120 3 60 120
Ed. Física 2 40 80 2 40 80 2 40 80 2 40 80
Ling. Estrangeira 2 40 80 2 40 80 2 40 80 2 40 80
Arte 1 20 40 1 20 40 1 20 40 1 20 40
Ed. Religiosa 1 20 40 1 20 40 1 20 40 1 20 40
TOTAL 23 460 920 23 460 920 23 460 920 23 460 920
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
23
ANEXO II
COMPONENTES CURRICULARES - ENSINO MÉDIO
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - DIURNO
Disciplina 1o ano 2o ano 3o ano total
BLOCO 1
aulas/sem. aula/ano aulas/sem. aula/ano aulas/sem. aula/ano horas/aula
Língua Port. & Literatura 8 160 8 160 8 160 480
Química 5 100 5 100 5 100 300
Biologia & Prog. de Saúde 4 80 4 80 6 120 280
Geografia 4 80 4 80 6 120 280
Artes 4 80 4 80 160
Educação Física* 4 80 4 80 160
Total Geral 29 580 29 580 25 500 1660
*A Educação Física será ministrada em horário diferente das demais disciplinas (noutro turno)
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - DIURNO
Disciplina 1o ano 2o ano 3o ano total
BLOCO 2
aulas/sem. aula/ano aulas/sem. aula/ano aulas/sem. aula/ano horas/aula
Língua Estrangeira 5 100 4 80 4 80 260
Matemática 6 120 6 120 6 120 360
Física 4 80 4 80 4 80 240
História 5 100 6 120 5 100 320
Filosofia 5 100 5 100 200
Sociologia 6 120 120
Total Geral 25 500 25 500 25 500 1500
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - NOTURNO
Disciplina 1o ano 2o ano 3o ano total
BLOCO 1
aulas/sem. aula/ano aulas/sem. aula/ano aulas/sem. aula/ano horas/aula
Língua Port. & Literatura 8 160 8 160 8 160 480
Química 4 80 4 80 4 80 240
Biologia & Prog. de Saúde 4 80 4 80 4 80 240
Geografia 4 80 4 80 4 80 240
Total Geral 20 400 20 400 20 400 1200
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - NOTURNO
Estado do Acre
Secretaria de Estado de Educação
24
Disciplina 1o ano 2o ano 3o ano total
BLOCO 2
aulas/sem. aula/ano aulas/sem. aula/ano aulas/sem. aula/ano horas/aula
Artes 2 40 0 0 0 0 40
Língua Estrangeira 4 80 4 80 4 80 240
Matemática 6 120 6 120 6 120 360
Física 4 80 4 80 4 80 240
História 4 80 4 80 4 80 240
Filosofia 0 2 40 0 0 40
Sociologia 0 2 40 40
Total Geral 20 400 20 400 20 400 1200
Marcadores:
LEGISLAÇÃO
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01, DE 7 DE MARÇO DE 2013 Institui normas acerca dos requisitos, atribuições, critérios de lotação, carga horária, forma de remuneração e certificação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da rede pública estadual de educação básica. O
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01, DE 7 DE MARÇO DE 2013
Institui normas acerca dos requisitos, atribuições, critérios de lotação, carga horária, forma de remuneração e certificação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da rede pública estadual de educação básica.
O SECRETÁRIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E ESPORTE, no uso da atribuição que lhe confere o art. 86, inciso II, da Constituição Estadual e no exercício da competência que lhe confere o art. 8º, inciso XVII, alínea “a”, da Lei Complementar Estadual n° 247, de 17 de fevereiro de 2012;
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer diretrizes e procedimentos administrativos no que concerne aos requisitos, atribuições, critérios de lotação, carga horária, forma de remuneração e certificação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da Rede Pública Estadual de Educação Básica:
RESOLVE expedir a seguinte Instrução Normativa, regida conforme disposto em seus artigos:
CAPÍTULO I
DOS REQUISITOS EXIGIDOS PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO DE COORDENADOR PEDAGÓGICO
Art. 1º Para exercer a função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da Rede Pública Estadual de Educação Básica, o servidor público do grupo magistério, profissional docente, deve atender aos seguintes requisitos:
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
I – ser professor ou especialista em educação do quadro efetivo da Secretaria de Estado de Educação e Esporte, com formação em licenciatura plena, atendendo aos seguintes critérios:
a) licenciatura em Pedagogia ou Normal Superior para atuar nos anos iniciais (1º ao 5º ano) do Ensino Fundamental;
b) licenciatura em Pedagogia ou outras áreas, para atuar nos anos finais (6º ao 9º ano) do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos – EJA.
II – ter experiência docente mínima de três anos, de efetivo exercício no quadro da SEE, devidamente comprovada por declaração expedida pelo Departamento de Pessoas;
III – obter êxito em processo de certificação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico, nos termos do Capítulo IV desta Instrução Normativa.
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO.
Art. 2º Ao servidor investido na função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da rede pública estadual de educação básica compete as seguintes atribuições:
I – assessorar o Diretor e Coordenador de Ensino na elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político Pedagógico (PPP) da unidade escolar, garantindo a participação da comunidade escolar no processo, tendo como objetivo responder aos desafios e problemas da instituição, a integração e articulação das modalidades, séries/anos e turnos em funcionamento, visando à melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem, em consonância com as Orientações Curriculares da SEE e demais normas e diretrizes legais;
II – elaborar o plano de trabalho da Coordenação Pedagógica, tendo como objetivo o apoio aos professores para que possam ensinar com qualidade, indicando metas, estratégias e modalidades de formação, acompanhando-os em sala de aula, avaliando os resultados e alcances da formação continuada, estabelecendo cronograma de reuniões
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
de planejamento com os professores, por ano/série/disciplinas/modalidades/turno, de forma coletiva e/ou individual;
III – coordenar a elaboração, a implementação, o registro e a avaliação reflexiva dos planos de ensino dos professores, garantindo a consonância com as orientações curriculares da SEE;
IV – promover a análise dos resultados das avaliações internas e externas da aprendizagem dos alunos, adotando-os como base para a elaboração do Projeto Político Pedagógico, do plano de ensino dos professores e do planejamento da formação continuada na escola;
V – identificar, com a equipe escolar, os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem em todos os níveis, modalidades e programas de ensino e que necessitem de apoio pedagógico, orientando os professores na estruturação de situações de aprendizagem significativas que sejam adequadas às necessidades e possibilidades desses alunos, tanto para serem desenvolvidas em sala de aula como, quando for o caso, em atividades extraclasses ou no contraturno;
VI – garantir a implementação e a avaliação de programas e projetos que assegurem a qualidade do atendimento aos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem em todos os níveis, modalidades e programas de ensino, assegurando acompanhamento pedagógico permanente aos professores da modalidade e aos alunos;
VII – realizar o acompanhamento das atividades pedagógicas desenvolvidas pelos professores com os seus alunos em sala de aula ou em situações de aprendizagem extraclasse;
VIII – coordenar e monitorar a elaboração e digitalização das avaliações bimestrais, obedecendo ao prazo de 48 (quarenta e oito) horas de antecedência;
IX – acompanhar e avaliar junto com a equipe docente o processo contínuo de avaliação, mantendo coerência com as Orientações Curriculares da SEE, nas diferentes atividades e disciplinas;
X – orientar e sistematizar, conjuntamente com os professores, o registro sobre a vida acadêmica dos alunos e a comunicação da mesma aos seus responsáveis;
XI – desenvolver estudos e pesquisas que permitam ressignificar e atualizar as práticas pedagógicas, visando adequá-las às necessidades e possibilidades dos alunos;
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
XII – planejar com os professores o uso adequado dos recursos pedagógicos e tecnológicos existentes na unidade escolar, estimulando a pesquisa e a busca de conhecimento que possibilitem o favorecimento do ensino e da aprendizagem a partir do uso dos mesmos;
XIII – coordenar, em conjunto com o diretor, a implementação dos programas e projetos da SEE, adequando-os às necessidades e possibilidades da escola, garantindo a participação da equipe escolar e, quando for o caso, da comunidade local;
XIV – contribuir para favorecer a permanente troca de experiência entre os profissionais da escola, a divulgação das boas práticas e a circulação de informação entre a comunidade escolar.
CAPÍTULO III
DOS CRITÉRIOS PARA LOTAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NAS UNIDADES ESCOLARES.
Art. 3º A lotação do Coordenador Pedagógico nas unidades escolares de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos - EJA terá como parâmetro o número de professores lotados no turno, na proporção de um coordenador pedagógico para cada 25 (vinte e cinco) professores, conforme a seguir:
I – 1 (um) Coordenador Pedagógico para escolas com lotação entre 11 (onze) e 25 (vinte e cinco) professores;
II – 2 (dois) Coordenadores Pedagógicos para as escolas com lotação entre 26 (vinte e seis) e 50 (cinquenta) professores;
III – 3 (três) Coordenadores Pedagógicos para as escolas com lotação entre 51 (cinqüenta e um) e 75 (setenta e cinco) professores;
IV – 4 (quatro) Coordenadores Pedagógicos para as escolas com lotação entre 76 (setenta e seis) e 100 (cem) professores.
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
§ 1º Para efeito de contagem de professores será considerado, além do número de profissionais docentes, o número de contratos, bem como o número de professores com aulas complementares em efetiva regência de classe existentes na escola.
§ 2º As escolas com lotação acima de 100 (cem) professores poderão ter até cinco Coordenadores Pedagógicos, desde que justificada a necessidade, conveniência e oportunidade do serviço, mediante exposição de motivos, elaborada pela direção da escola e autorizada pelo Secretário de Estado de Educação e Esporte.
§ 3º Não será disponibilizado Coordenador Pedagógico para as escolas com até 10 (dez) professores lotados, cabendo ao Coordenador de Ensino o exercício das atribuições definidas nesta Instrução Normativa.
§ 4º As escolas que ofertam Educação de Jovens e Adultos farão jus a um Coordenador Pedagógico, por turno de funcionamento da modalidade, independente da quantidade de coordenadores atuando nos demais turnos do ensino regular.
§ 5º As escolas que ofertam, concomitantemente, os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental terão Coordenadores Pedagógicos com lotação específica para os anos iniciais e finais, obedecendo aos mesmos critérios definidos neste artigo.
CAPÍTULO IV
DA CARGA HORÁRIA E DA REMUNERAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Art. 4º O Coordenador Pedagógico cumprirá, como regra geral, uma carga horária de 40 (quarenta) horas semanais na unidade escolar, ressalvadas as seguintes hipóteses:
I - Nas unidades escolares que atuam, concomitantemente, com os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, os Coordenadores Pedagógicos dos anos iniciais cumprirão jornada de trabalho de 30 (trinta) horas semanais;
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
II – O coordenador pedagógico da educação de jovens e adultos cumprirá uma jornada de trabalho de trinta horas semanais.
§ 1º A distribuição de 2/3 (dois terços) da carga horária destinados para horas/aula e 1/3 (um terço) da carga horária destinado para horas/atividade, prevista na Lei nº 11.738/2008 e aplicável para o exercício da função docente, não se aplica à jornada de trabalho do Coordenador Pedagógico, devendo a carga horária ser integralmente cumprida na escola, no exercício das atribuições que lhe são próprias, definidas nesta Instrução Normativa.
§ 2º Nos casos em que se verificar a impossibilidade de cumprimento da jornada de 40 (quarenta) horas semanais, será admitida, excepcionalmente, a lotação de servidor com trinta horas desde que devidamente autorizado pela SEE.
Art. 5º A remuneração do profissional docente ou especialista em educação pelo exercício da função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da rede pública estadual de educação básica dar-se-á da seguinte forma:
I – ao profissional detentor de 1 (um) único cargo público de professor ou especialista em educação, ser-lhe-á atribuída complementação salarial para jornada de 40 (quarenta) horas, a fim de cumprir a regra geral da carga horária de 40 (quarenta) horas semanais;
II – o profissional detentor de 2 (dois) cargos públicos de professor ou um de professor e outro de especialista em educação ficará à disposição para o exercício da função de Coordenador Pedagógico pelos 2 (dois) cargos, recebendo a remuneração de ambos os vínculos efetivos.
Parágrafo único. Nas situações descritas no art. 4º, incisos I e II desta Instrução Normativa, somente será admitida a designação, para o exercício da função de Coordenador Pedagógico, de servidor detentor de 1 (um) único cargo público de professor ou especialista em educação, que ficará a disposição do exercício da função de
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
coordenador pedagógico, recebendo a remuneração de seu contrato, sem qualquer espécie de acréscimo em seus vencimentos.
Art. 6º O professor que estiver no exercício da função de Coordenador Pedagógico, atuando em um turno, não poderá ser convocado para laborar em regime de aulas complementares, na função docente.
Art. 7º As férias do coordenador pedagógico são de 30 (trinta) dias corridos.
CAPÍTULO V
DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Art. 8º O processo de certificação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico, constituído de curso preparatório e exame de certificação, de caráter eliminatório, será oferecido pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte, com etapas, fases, datas, prazos e demais critérios definidos em edital.
Parágrafo único. Poderá ser exigida, em caráter adicional ao curso preparatório e exame de certificação, a presença em curso específico de formação ou em jornadas de formação continuada, com carga horária e periodicidade definidos em edital.
Art. 9º Serão aferidos, no processo de certificação, as seguintes habilidades, competências e capacidades dos pleiteantes, mediante seus respectivos descritores:
I – conhecimento da legislação federal e estadual da área educacional, incluindo pareceres e resoluções do Conselho Estadual de Educação;
II – conhecimento das orientações curriculares da SEE;
III – conhecimento em didática geral;
IV – conhecimento em planejamento pedagógico;
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
V – conhecimento em tecnologias da informação e comunicação – TICs aplicadas à educação;
VI – conhecimento das concepções de avaliações externas em larga escala, avaliações de impacto e avaliações internas, como referência para tomada de decisões nos momentos de planejamento;
VII – conhecimento em estratégias de intervenções pedagógicas;
VIII – habilidades de liderança e relacionamento interpessoal.
Art. 10. Será criado um cadastro com os professores certificados para a função de Coordenador Pedagógico.
§ 1º A composição do cadastro atenderá à habilitação no processo de certificação e não terá caráter classificatório.
§ 2º As direções das unidades escolares recorrerão ao cadastro para a escolha de seus Coordenadores Pedagógicos.
Art. 11. A certificação obtida pelo coordenador pedagógico terá caráter provisório, devendo o profissional submeter-se a novo processo de certificação a cada vinte e quatro meses de efetivo exercício da função.
Art. 12. A avaliação de desempenho do coordenador pedagógico será realizada, periodicamente, em virtude do acompanhamento do exercício de suas atribuições pelo gestor escolar e equipes técnicas da Secretaria de Estado de Educação e Esporte, mediante registro documental.
§ 1º Na hipótese da avaliação negativa, será revogada a certificação provisória e o pleiteante será excluído do cadastro.
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
§ 2º O servidor que tiver sua certificação revogada e for excluído do cadastro em virtude de avaliação negativa não poderá submeter-se a novo processo de certificação pelo período de quarenta e oito meses.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 13. A nomeação e a exoneração do Coordenador Pedagógico dar-se-á por portaria do Secretário de Estado de Educação e Esporte, após indicação da direção escolar.
§ 1º Em não havendo manifestação da direção para a escolha do Coordenador Pedagógico no prazo de quinze dias, a SEE nomeará o Coordenador Pedagógico independente da manifestação da direção.
§ 2º A designação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico equivale à nomeação para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, de natureza ad nutum, sendo de livre nomeação e exoneração.
§ 3º O Coordenador Pedagógico que não cumprir adequadamente com as suas atribuições profissionais, conforme avaliação do gestor da escola e das equipes técnicas da Secretaria de Estado de Educação e Esporte, resguardado seu direito ao contraditório e ampla defesa, será exonerado da função e excluído do cadastro de certificação, sendo substituído por outro profissional devidamente certificado, observado o disposto na presente Instrução Normativa.
Art. 14. Os casos omissos ou excepcionais serão apreciados, conjuntamente, pela Diretoria de Ensino, Diretoria de Gestão Estratégica e Relações Institucionais, Diretoria de Inovação e Diretoria de Recursos, por intermédio da Chefia do Departamento de Pessoas
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
e, em última instância, pelo Secretário de Estado de Educação e Esporte, a quem caberá a decisão final.
Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Rio Branco-AC, 7 de março de 2013.
DANIEL QUEIROZ DE SANT’ANA
Secretário de Estado de Educação e Esporte
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01, DE 7 DE MARÇO DE 2013
Institui normas acerca dos requisitos, atribuições, critérios de lotação, carga horária, forma de remuneração e certificação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da rede pública estadual de educação básica.
O SECRETÁRIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E ESPORTE, no uso da atribuição que lhe confere o art. 86, inciso II, da Constituição Estadual e no exercício da competência que lhe confere o art. 8º, inciso XVII, alínea “a”, da Lei Complementar Estadual n° 247, de 17 de fevereiro de 2012;
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer diretrizes e procedimentos administrativos no que concerne aos requisitos, atribuições, critérios de lotação, carga horária, forma de remuneração e certificação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da Rede Pública Estadual de Educação Básica:
RESOLVE expedir a seguinte Instrução Normativa, regida conforme disposto em seus artigos:
CAPÍTULO I
DOS REQUISITOS EXIGIDOS PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO DE COORDENADOR PEDAGÓGICO
Art. 1º Para exercer a função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da Rede Pública Estadual de Educação Básica, o servidor público do grupo magistério, profissional docente, deve atender aos seguintes requisitos:
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
I – ser professor ou especialista em educação do quadro efetivo da Secretaria de Estado de Educação e Esporte, com formação em licenciatura plena, atendendo aos seguintes critérios:
a) licenciatura em Pedagogia ou Normal Superior para atuar nos anos iniciais (1º ao 5º ano) do Ensino Fundamental;
b) licenciatura em Pedagogia ou outras áreas, para atuar nos anos finais (6º ao 9º ano) do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos – EJA.
II – ter experiência docente mínima de três anos, de efetivo exercício no quadro da SEE, devidamente comprovada por declaração expedida pelo Departamento de Pessoas;
III – obter êxito em processo de certificação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico, nos termos do Capítulo IV desta Instrução Normativa.
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO.
Art. 2º Ao servidor investido na função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da rede pública estadual de educação básica compete as seguintes atribuições:
I – assessorar o Diretor e Coordenador de Ensino na elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político Pedagógico (PPP) da unidade escolar, garantindo a participação da comunidade escolar no processo, tendo como objetivo responder aos desafios e problemas da instituição, a integração e articulação das modalidades, séries/anos e turnos em funcionamento, visando à melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem, em consonância com as Orientações Curriculares da SEE e demais normas e diretrizes legais;
II – elaborar o plano de trabalho da Coordenação Pedagógica, tendo como objetivo o apoio aos professores para que possam ensinar com qualidade, indicando metas, estratégias e modalidades de formação, acompanhando-os em sala de aula, avaliando os resultados e alcances da formação continuada, estabelecendo cronograma de reuniões
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
de planejamento com os professores, por ano/série/disciplinas/modalidades/turno, de forma coletiva e/ou individual;
III – coordenar a elaboração, a implementação, o registro e a avaliação reflexiva dos planos de ensino dos professores, garantindo a consonância com as orientações curriculares da SEE;
IV – promover a análise dos resultados das avaliações internas e externas da aprendizagem dos alunos, adotando-os como base para a elaboração do Projeto Político Pedagógico, do plano de ensino dos professores e do planejamento da formação continuada na escola;
V – identificar, com a equipe escolar, os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem em todos os níveis, modalidades e programas de ensino e que necessitem de apoio pedagógico, orientando os professores na estruturação de situações de aprendizagem significativas que sejam adequadas às necessidades e possibilidades desses alunos, tanto para serem desenvolvidas em sala de aula como, quando for o caso, em atividades extraclasses ou no contraturno;
VI – garantir a implementação e a avaliação de programas e projetos que assegurem a qualidade do atendimento aos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem em todos os níveis, modalidades e programas de ensino, assegurando acompanhamento pedagógico permanente aos professores da modalidade e aos alunos;
VII – realizar o acompanhamento das atividades pedagógicas desenvolvidas pelos professores com os seus alunos em sala de aula ou em situações de aprendizagem extraclasse;
VIII – coordenar e monitorar a elaboração e digitalização das avaliações bimestrais, obedecendo ao prazo de 48 (quarenta e oito) horas de antecedência;
IX – acompanhar e avaliar junto com a equipe docente o processo contínuo de avaliação, mantendo coerência com as Orientações Curriculares da SEE, nas diferentes atividades e disciplinas;
X – orientar e sistematizar, conjuntamente com os professores, o registro sobre a vida acadêmica dos alunos e a comunicação da mesma aos seus responsáveis;
XI – desenvolver estudos e pesquisas que permitam ressignificar e atualizar as práticas pedagógicas, visando adequá-las às necessidades e possibilidades dos alunos;
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
XII – planejar com os professores o uso adequado dos recursos pedagógicos e tecnológicos existentes na unidade escolar, estimulando a pesquisa e a busca de conhecimento que possibilitem o favorecimento do ensino e da aprendizagem a partir do uso dos mesmos;
XIII – coordenar, em conjunto com o diretor, a implementação dos programas e projetos da SEE, adequando-os às necessidades e possibilidades da escola, garantindo a participação da equipe escolar e, quando for o caso, da comunidade local;
XIV – contribuir para favorecer a permanente troca de experiência entre os profissionais da escola, a divulgação das boas práticas e a circulação de informação entre a comunidade escolar.
CAPÍTULO III
DOS CRITÉRIOS PARA LOTAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NAS UNIDADES ESCOLARES.
Art. 3º A lotação do Coordenador Pedagógico nas unidades escolares de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos - EJA terá como parâmetro o número de professores lotados no turno, na proporção de um coordenador pedagógico para cada 25 (vinte e cinco) professores, conforme a seguir:
I – 1 (um) Coordenador Pedagógico para escolas com lotação entre 11 (onze) e 25 (vinte e cinco) professores;
II – 2 (dois) Coordenadores Pedagógicos para as escolas com lotação entre 26 (vinte e seis) e 50 (cinquenta) professores;
III – 3 (três) Coordenadores Pedagógicos para as escolas com lotação entre 51 (cinqüenta e um) e 75 (setenta e cinco) professores;
IV – 4 (quatro) Coordenadores Pedagógicos para as escolas com lotação entre 76 (setenta e seis) e 100 (cem) professores.
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
§ 1º Para efeito de contagem de professores será considerado, além do número de profissionais docentes, o número de contratos, bem como o número de professores com aulas complementares em efetiva regência de classe existentes na escola.
§ 2º As escolas com lotação acima de 100 (cem) professores poderão ter até cinco Coordenadores Pedagógicos, desde que justificada a necessidade, conveniência e oportunidade do serviço, mediante exposição de motivos, elaborada pela direção da escola e autorizada pelo Secretário de Estado de Educação e Esporte.
§ 3º Não será disponibilizado Coordenador Pedagógico para as escolas com até 10 (dez) professores lotados, cabendo ao Coordenador de Ensino o exercício das atribuições definidas nesta Instrução Normativa.
§ 4º As escolas que ofertam Educação de Jovens e Adultos farão jus a um Coordenador Pedagógico, por turno de funcionamento da modalidade, independente da quantidade de coordenadores atuando nos demais turnos do ensino regular.
§ 5º As escolas que ofertam, concomitantemente, os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental terão Coordenadores Pedagógicos com lotação específica para os anos iniciais e finais, obedecendo aos mesmos critérios definidos neste artigo.
CAPÍTULO IV
DA CARGA HORÁRIA E DA REMUNERAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Art. 4º O Coordenador Pedagógico cumprirá, como regra geral, uma carga horária de 40 (quarenta) horas semanais na unidade escolar, ressalvadas as seguintes hipóteses:
I - Nas unidades escolares que atuam, concomitantemente, com os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, os Coordenadores Pedagógicos dos anos iniciais cumprirão jornada de trabalho de 30 (trinta) horas semanais;
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
II – O coordenador pedagógico da educação de jovens e adultos cumprirá uma jornada de trabalho de trinta horas semanais.
§ 1º A distribuição de 2/3 (dois terços) da carga horária destinados para horas/aula e 1/3 (um terço) da carga horária destinado para horas/atividade, prevista na Lei nº 11.738/2008 e aplicável para o exercício da função docente, não se aplica à jornada de trabalho do Coordenador Pedagógico, devendo a carga horária ser integralmente cumprida na escola, no exercício das atribuições que lhe são próprias, definidas nesta Instrução Normativa.
§ 2º Nos casos em que se verificar a impossibilidade de cumprimento da jornada de 40 (quarenta) horas semanais, será admitida, excepcionalmente, a lotação de servidor com trinta horas desde que devidamente autorizado pela SEE.
Art. 5º A remuneração do profissional docente ou especialista em educação pelo exercício da função de Coordenador Pedagógico das unidades escolares da rede pública estadual de educação básica dar-se-á da seguinte forma:
I – ao profissional detentor de 1 (um) único cargo público de professor ou especialista em educação, ser-lhe-á atribuída complementação salarial para jornada de 40 (quarenta) horas, a fim de cumprir a regra geral da carga horária de 40 (quarenta) horas semanais;
II – o profissional detentor de 2 (dois) cargos públicos de professor ou um de professor e outro de especialista em educação ficará à disposição para o exercício da função de Coordenador Pedagógico pelos 2 (dois) cargos, recebendo a remuneração de ambos os vínculos efetivos.
Parágrafo único. Nas situações descritas no art. 4º, incisos I e II desta Instrução Normativa, somente será admitida a designação, para o exercício da função de Coordenador Pedagógico, de servidor detentor de 1 (um) único cargo público de professor ou especialista em educação, que ficará a disposição do exercício da função de
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
coordenador pedagógico, recebendo a remuneração de seu contrato, sem qualquer espécie de acréscimo em seus vencimentos.
Art. 6º O professor que estiver no exercício da função de Coordenador Pedagógico, atuando em um turno, não poderá ser convocado para laborar em regime de aulas complementares, na função docente.
Art. 7º As férias do coordenador pedagógico são de 30 (trinta) dias corridos.
CAPÍTULO V
DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Art. 8º O processo de certificação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico, constituído de curso preparatório e exame de certificação, de caráter eliminatório, será oferecido pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte, com etapas, fases, datas, prazos e demais critérios definidos em edital.
Parágrafo único. Poderá ser exigida, em caráter adicional ao curso preparatório e exame de certificação, a presença em curso específico de formação ou em jornadas de formação continuada, com carga horária e periodicidade definidos em edital.
Art. 9º Serão aferidos, no processo de certificação, as seguintes habilidades, competências e capacidades dos pleiteantes, mediante seus respectivos descritores:
I – conhecimento da legislação federal e estadual da área educacional, incluindo pareceres e resoluções do Conselho Estadual de Educação;
II – conhecimento das orientações curriculares da SEE;
III – conhecimento em didática geral;
IV – conhecimento em planejamento pedagógico;
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
V – conhecimento em tecnologias da informação e comunicação – TICs aplicadas à educação;
VI – conhecimento das concepções de avaliações externas em larga escala, avaliações de impacto e avaliações internas, como referência para tomada de decisões nos momentos de planejamento;
VII – conhecimento em estratégias de intervenções pedagógicas;
VIII – habilidades de liderança e relacionamento interpessoal.
Art. 10. Será criado um cadastro com os professores certificados para a função de Coordenador Pedagógico.
§ 1º A composição do cadastro atenderá à habilitação no processo de certificação e não terá caráter classificatório.
§ 2º As direções das unidades escolares recorrerão ao cadastro para a escolha de seus Coordenadores Pedagógicos.
Art. 11. A certificação obtida pelo coordenador pedagógico terá caráter provisório, devendo o profissional submeter-se a novo processo de certificação a cada vinte e quatro meses de efetivo exercício da função.
Art. 12. A avaliação de desempenho do coordenador pedagógico será realizada, periodicamente, em virtude do acompanhamento do exercício de suas atribuições pelo gestor escolar e equipes técnicas da Secretaria de Estado de Educação e Esporte, mediante registro documental.
§ 1º Na hipótese da avaliação negativa, será revogada a certificação provisória e o pleiteante será excluído do cadastro.
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
§ 2º O servidor que tiver sua certificação revogada e for excluído do cadastro em virtude de avaliação negativa não poderá submeter-se a novo processo de certificação pelo período de quarenta e oito meses.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 13. A nomeação e a exoneração do Coordenador Pedagógico dar-se-á por portaria do Secretário de Estado de Educação e Esporte, após indicação da direção escolar.
§ 1º Em não havendo manifestação da direção para a escolha do Coordenador Pedagógico no prazo de quinze dias, a SEE nomeará o Coordenador Pedagógico independente da manifestação da direção.
§ 2º A designação para o exercício da função de Coordenador Pedagógico equivale à nomeação para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, de natureza ad nutum, sendo de livre nomeação e exoneração.
§ 3º O Coordenador Pedagógico que não cumprir adequadamente com as suas atribuições profissionais, conforme avaliação do gestor da escola e das equipes técnicas da Secretaria de Estado de Educação e Esporte, resguardado seu direito ao contraditório e ampla defesa, será exonerado da função e excluído do cadastro de certificação, sendo substituído por outro profissional devidamente certificado, observado o disposto na presente Instrução Normativa.
Art. 14. Os casos omissos ou excepcionais serão apreciados, conjuntamente, pela Diretoria de Ensino, Diretoria de Gestão Estratégica e Relações Institucionais, Diretoria de Inovação e Diretoria de Recursos, por intermédio da Chefia do Departamento de Pessoas
ESTADO DO ACRE
Secretaria de Estado de Educação e Esporte
Gabinete do Secretário
Rua Rio Grande do Sul nº 1907 - Volta Seca - Rio Branco/AC - CEP. 69.911-018
Fone: (68) 3213-2354 - FAX: (68) 3213-2387 - e-mail: gabinete.see@ac.gov.br
e, em última instância, pelo Secretário de Estado de Educação e Esporte, a quem caberá a decisão final.
Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Rio Branco-AC, 7 de março de 2013.
DANIEL QUEIROZ DE SANT’ANA
Secretário de Estado de Educação e Esporte
Marcadores:
LEGISLAÇÃO
Assinar:
Postagens (Atom)